O preço médio do leite subiu 17,4% nos seis primeiros meses de 2013 em Cuiabá, passando de R$ 2,47 para R$ 2,90 o litro da bebida. A oferta de pastos para alimentar o gado foi reduzida pelos fatores climáticos e obrigaram o produtor a gastar mais para alimentar o rebanho.
“O produtor que quer manter a lactação média entre cinco e sete litros de leite ou elevar para dez litros é obrigado a investir em uma alimentação a base de grãos como o milho. Por isto o custo de produção fica mais caro”, disse o diretor-executivo da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite). Os produtos derivados também encareceram entre janeiro a junho.
O preço médio mensal do leite condensado subiu 7% (passou de R$ 3,13 para R$ 3,35), da bebida láctea outros 29% (de R$ 2,06 para R$ 2,66), do iogurte 7,2% (de R$ 1,38 para R$ 1,48) e manteiga quase 1% (de R$ 11,62 a R$ 11,69), demonstrou relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Analista de pecuária leiteira do Imea, João Buschin, diz que mesmo a alta nos preços dos lácteos não foi suficiente para diminuir a demanda pelo produto. “Ela segue firme, mesmo pesando no bolso do computador”, avalia.
Preços ao produtor
A concorrência estimulada pelo menor volume de leite ofertado aos laticínios fez com que o produtor também recebesse mais pelo litro do produto na hora de entregar às indústrias. De janeiro a junho, por exemplo, passou de R$ 0,65 para R$ 0,73. Somente de abril a maio deste ano houve acréscimo de 4,7% no preço pago ao produtor nas diferentes regiões do estado.
Em um âmbito nacional, o litro da bebida, livre de impostos como o Funrural, fechou em R$ 0,99, segundo o Centro de Estudo Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
G1=MT