O preço do álcool registrou alta pela quinta semana consecutiva para o consumidor, segundo dados divulgados hoje pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).
Na semana passada o preço médio do litro no país avançou 2,91%, de R$ 1,546 para R$ 1,591. Em São Paulo, a alta foi maior, de 4,54%, para R$ 1,381.
As altas na bomba seguiram movimento inverso ao registrado nas usinas. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP, o álcool hidratado –usado direto no tanque– caiu 1,5% na semana passada e foi vendido a R$ 0,8552 o litro, sem impostos. Já o anidro –que é adicionado à gasolina– recuou 0,37%, para R$ 0,8746.
Apesar de mais caro para o consumidor, o álcool ainda mais é vantajoso para donos de carro flex em 17 Estados.
Levando em consideração que o álcool sempre vale a pena quando custar até 70% do litro da gasolina, o combustível à base de cana-de-açúcar só não é recomendado no Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Sergipe.
O Estado do Amapá ainda é o local onde abastecer com álcool é mais desvantajoso. O litro desse combustível custa 85% da gasolina.
Na outra ponta, em São Paulo, o álcool sai por 57% do valor da gasolina, a menor proporção entre as 27 unidades da Federação.
O preço do álcool tem subido devido à entressafra da cana-de-açúcar, que começou em dezembro e dura até abril.
Além disso, o governo aumentou a mistura de álcool anidro na gasolina de 20% para 23%, o que elevou a demanda pelo produto. Na época, o governo avaliava que estoques de cerca de 5 bilhões de litros permitiam a mudança.
No entanto, o ministro Luis Carlos Guedes (Agricultura) já disse que essa proporção pode voltar a ser reduzida caso os aumentos de álcool “extrapolem”.
O Cepea, por sua vez, afirmou que os preços começaram a cair na usina porque a demanda não foi tão forte quanto durante o período das festas de final de ano, em que boa parte da população dos grandes centros costuma viajar.
FO