Petista faz série de declarações polêmicas e compromete diplomacia brasileira
O deputado líder do partido português Iniciativa Liberal, Rui Rocha, está contrariado com a presença de Lula no país no fim deste mês e declarou neste domingo (16) que o parlamento português “não pode receber um aliado de Putin como Lula no 25 e abril”.
– A Assembleia da República que convidou Zelensky para discursar em 21 de abril de 2022 não pode receber um aliado de Putin como Lula no 25 de Abril. E o Presidente da República que atribuiu a Ordem da Liberdade a Zelensky não pode estar confortável com a presença de um aliado de Putin como Lula na AR no 25 de Abril – protestou Rui Rocha em seu Twitter.
O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Paulo Rangel, cobrou do governo português um posicionamento acerca das declarações de Lula em Pequim, onde o petista afirmou que a União Europeia, a Otan e os Estados Unidos estão “incentivando” a guerra na Ucrânia.
Com a presença de Lula em Portugal no dia 25 deste mês, uma manifestação foi convocada pelo partido conservador Chega. A sigla de André Ventura usou as redes sociais para convidar os portugueses para o ato em protesto à presença do petista no país com o mote “Lugar de ladrão é na prisão”.
Está marcado para dia 25 de abril um discurso de Lula no Parlamento Lusitano, mas por pressão de parlamentares de direita, foi decidido que a fala do presidente brasileiro não será mais na sessão principal, mas em uma sessão solene.
Em poucos dias, Lula proferiu diversas falas que colocaram o Brasil em rota de colisão com diversas nações. Em Pequim, o petista disse que os Estados Unidos precisam deixar de “incentivar a guerra e comecem a falar em paz”.
Neste domingo, Lula declarou que Estados Unidos e União Europeia incentivam a guerra. E mais, atribuiu a responsabilidade da guerra também à Ucrânia, que foi invadida e atacada pelos russos.
Os principais jornais norte-americanos, Washington Post, Wall Street Journal e The New York Times, criticaram as colocações de Lula após encontro com Xi Jinping.
Na quinta-feira (13), o Washington Post publicou um artigo advertindo que a viagem de Lula à China ocorre “em um momento em que as relações entre Washington e Pequim se tornam cada vez mais tensas”, e lamentou dizendo que o ocidente esperava que Lula fosse um parceiro, mas deixa claro que possui seus próprios interesses.