quinta-feira, 21/11/2024
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Por falar muito, Lula tem microfone cortado na ONU

Órgãos como as Nações Unidas estão, de fato, sem a devida importância, mas por erros próprios e de líderes internacionais influentes

Ontem, sábado, 21 de setembro, escrevi uma coluna sobre a presença de Lula na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde o Brasil, tradicionalmente, faz o discurso de abertura. Neste domingo, 22, o presidente brasileiro participou de um evento paralelo, a Cúpula do Futuro, e teve o microfone cortado.

Antes do início, foi comunicado aos participantes que os líderes dos países teriam direito a apenas cinco minutos de fala, e que não poderiam exceder o tempo. Anteriormente ao chefão do PT, dois outros representantes também tiveram as falas silenciadas, já que não respeitaram as regras previamente informadas e acordadas.

Lula criticou a própria ONU e outros órgãos internacionais pelo que chamou de “carência de autoridade” e “perda de vitalidade”. Também falou que – logo ele, meu Deus! – “A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que ele aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades“. Seria um mea culpa velado?

Ninguém se importa

Como não poderia deixar de ser, defendeu sua obsessão política maior, o tal Sul Global, dizendo que “Não está representado de forma condizente com seu atual peso político, econômico e demográfico”. Bem, neste caso, não há como discordar, e me pergunto se não terá sido outro mea culpa, desta vez involuntário.

Ele também, é claro, reclamou de falta de dinheiro, criticou as questões sociais, ambientais, econômicas e blá blá blá como se, presidente pela terceira vez de uma das dez maiores economias do planeta, fosse um primor de responsabilidade em todos estes quesitos, e o próprio Brasil servisse de bom exemplo para o mundo desenvolvido.

Órgãos como as Nações Unidas estão, de fato, sem a devida importância, mas por erros próprios e de líderes internacionais influentes, que ao longo das últimas décadas os transformaram em mero palco para proselitismo político barato, cercadinhos para ditadores de estimação e cabide de belíssimos empregos para amigos, aliados e parentes.

Por: Ricardo Kertzman- O Antagonista
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Parmenas Alt
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