“Todo e qualquer assunto que diz respeito à segurança da população exige nossa atenção e por isso estamos aqui, tentando resolver esse impasse que se estende há meses. Vários manifestos já foram feitos pela categoria, mas, o que buscamos junto ao Governo do Estado é o aumento do efetivo contratando esses 360 investigadores que passaram no concurso e estão prontos para servir o Estado e proteger a nossa sociedade”, foi com essa declaração que o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Ricardo (PR), recebeu vários Policiais Civis que desde o ano passado lutam pelo realinhamento salarial da categoria.
O secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto participou da reunião e expôs a atual situação orçamentária do Governo que, segundo ele, não permite fazer as 360 contratações e ao mesmo tempo realizar o escalonamento do piso salarial. “O encontro aqui foi muito produtivo, as negociações avançaram no sentido de esclarecimento. A categoria pôde perceber que o Estado não tem condições financeiras de atender todas as reivindicações. Já tínhamos um entendimento com o sindicato dos policiais civis visando uma recomposição de tabela da carreira, porém, os recursos são suficientes ou para fazer o chamamento dos concursados ou o realinhamento salarial”, justificou o secretário ao garantir que o acordo só será selado após amplo debate com o segmento.
De acordo com De Vitto, o apoio da Assembléia Legislativa tem sido de fundamental importância para a aproximação do Governo do Estado com os diversos segmentos da sociedade mato-grossense. “Esta Casa de Leis tem cumprido perfeitamente seu papel ao intermediar as ações do Governo junto às necessidades emergentes de todos os segmentos e categorias da sociedade”, disse.
Para Rodrigo de Mattos, um dos aprovados no concurso para investigador da Polícia Civil ainda em 2005, o compromisso assumido pelo Governo tem que ser cumprido. “Desde o ano passado estamos em constantes reuniões e debates junto à categoria e o Poder Público e o que ficou garantido foi a convocação de todos os aprovados no concurso para que até maio deste ano pudéssemos estar nas ruas trabalhando pela sociedade mato-grossense”, expôs Rodrigo ao explicar que devido a greve instaurada pela Polícia Civil no final do ano passado e ainda, as negociações feitas com o Estado para por fim a paralisação, hoje, o chamamento desses concursados depende de um novo entendimento com o Sindicato dos Agentes da Polícia Civil de Mato Grosso (Siagespoc).
