quinta-feira, 07/11/2024
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Polícia prende um dos integrantes de uma suposta quadrilha que roubavam carretas

A prisão do caminhoneiro Ataíde dos Santos, de 38 anos, pode levar a Polícia Civil a tirar de circulação uma quadrilha especializada em roubos de carretas e cargas que agia nos Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os veículos e cargas eram roubados e negociados nesses três Estados, enquanto que os caminhoneiros eram executados.

Até agora, Ataíde confessou a participação em três roubos de carretas sendo dois em Curitiba e um em Cuiabá. A Polícia, no entanto, acredita que esse número pode ser maior.

O chefe do bando, o vendedor João Maria Guimarães, que mora em Curitiba, teve a prisão temporária decretada pela Comarca de Cuiabá. Ele estaria foragido porque está sendo procurado pela Justiça do Paraná.

Na lista das vítimas, figura o carreteiro Jair Lima Fernandes, de 35 anos, que desapareceu no dia 30 de abril deste ano do pátio do posto Mangueirão, em Cuiabá, com uma carga de resina. No dia 5 de novembro do ano passado, sumiram os caminhoneiros Marcílio Monteiro Alencar, que dirigia uma carreta Iveco e José Antônio Martins, com uma Scânia. Juntos, os dois transportavam 89 mil litros de combustível. Até hoje, nem as carretas, nem os caminhoneiros foram localizados.

O corpo de Jair foi encontrado 72 dias depois do desaparecimento jogado numa estrada de chão após numa região após a Serra de São Vicente, nas proximidades da Pensão Seca. A carreta estava abandonada no posto 120, na BR 070, que liga Cuiabá a Cáceres.

Na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), Ataíde confessou ter agido em companhia de mais dois cúmplices, identificados como “André” e “Nego”, que executaram Jair com dois tiros na cabeça. Ataíde foi incumbido de se livrar do cadáver.

A carga de resina usada para colar madeira foi negociada e entregue por Ataíde a uma madeireira da cidade de Vera(município localizado a 490 quilômetros da Capital) no dia 1° de maio. O caminhoneiro assassinado deveria entregar a carga na cidade de Sinop.

“Com a localização do receptador, começamos a investigação que durou 72 dias. Prendemos um dos autores do crime e localizamos o cadáver do caminhoneiro”, destacou o delegado Walfrido Franklin do Nascimento, responsável pelas investigações.

A partir da pista inicial, os policiais chegaram até Ataíde, que está preso em Cuiabá. Na semana passada, através de uma denúncia anônima, os policiais localizaram o cadáver de Jair. Conforme o delegado, até então Ataíde negava a participação no crime, mas com a localização do corpo ele acabou admitindo ter participado do crime.

“Não só confessou ter agido na morte do Jair, como na morte de outros dois caminhoneiros, no início de novembro do ano passado, em Curitiba”, explicou o delegado. Neste último caso, o delegado acredita que os carreteiros também tenham sido assassinados, mas não se sabe onde os cadáveres foram jogados.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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