Já chega a 171 o número de armas de fogo apreendidas desde o mês de janeiro pela Polícia Militar nas duas maiores cidades mato-grossense, Cuiabá e Várzea Grande. Na prática, a tradução dos números, revela que em média, a cada 15 horas uma arma ilegal foi apreendida. Desse montante, 86 foram retiradas das vias públicas, o que demonstra a eficácia das abordagens e revistas. As demais apreensões foram realizadas em residências, em estabelecimentos comerciais (bares, boates) e até em uma escola da capital.
A estatística da Polícia Militar revela ainda que no ano passado foram quase 850 apreensões nas duas cidades. Somando o número dos oito Comandos Regionais (Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra e Juína), o número de apreensões chegou a 2,2 mil.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho, informa que as abordagens em vias públicas são fundamentais porque possibilitam a localização de armamento e drogas em poder de criminosos. Durante o final de semana a Polícia Militar tem intensificado as ações de policiamento para coibir ações criminosas.
Restrição – O Estatuto do Desarmamento, aprovado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, restringiu a posse e o porte de armas. O porte é permitido aos policiais, militares, responsáveis por segurança e casos funcionais específicos previstos em lei. A munição comercializada no país deverá estar embalada com sistema de código de barras para identificar o fabricante. Também são vedadas a fabricação, importação e venda de armas de brinquedo, réplicas que possam ser confundidas com armas de fogo existentes no mercado.
A estimativa, segundo relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou o tráfico de armas no país, é de que existam mais de 17 milhões de armas de fogo no Brasil. Pelo menos 90% delas em mãos de civis.