A Polícia Legislativa da Câmara identificou de onde partiu o telefonema com a ameaça de morte contra o presidente da CPI dos Sanguessugas, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), no último dia 23. Segundo os investigadores, a voz masculina telefonou por volta das 15h, de um orelhão que fica em frente à Clínica Vera Cruz, em Bangu. Desde então, o petista não recebeu mais telefonemas nem ameaças.
“O efeito é para intimidar. Mas comigo não funciona. Não foi a primeira vez, e isso não me faz ter medo e deixar de realizar meu trabalho. Só tomei as atitudes necessárias: pedi investigações e aumentei a cautela”, afirmou ontem Biscaia.
No telefonema ao gabinete do deputado, em Brasília, o homem disse: “Avisa ao Biscaia para reforçar a segurança porque o comando da facção vai quebrar ele”.
Quando era procurador-geral do estado, Biscaia já foi seguido por bandidos. Na ocasião, policiais encontraram fotos e mapas indicando os trajetos normalmente feitos pelo parlamentar. Há dois anos, o deputado também recebeu ameaças quando ingressou com representações contra escolas de samba que homenagearam, indiretamente, colaborações de bicheiros nas comunidades.
Na segunda-feira, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), notificará por edital 27 deputados denunciados de envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias que não foram localizados. A notificação será publicada no Diário Oficial do Congresso, confirmando que os acusados foram informados sobre os processos em andamento. A partir da notificação, os parlamentares podem preparar suas defesas e escolher testemunhas.
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