quinta-feira, 21/11/2024
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Polícia Federal, suspeita que o Líder de vender diploma falsos é de Mato-Grosso

A Polícia Federal já ouviu 34 pessoas suspeitas de terem comprado diplomas falsos pela Internet. Os diplomas seriam de Ensino Médio e cursos superiores como Medicina, Direito, Fisioterapia e Engenharia. De acordo com o delegado Marco Aurélio Faveri, da Delegacia de Crimes Fazendários da Polícia Federal de Cuiabá (MT), responsável pela Operação Cola, o “comprador” encomendava o curso e a faculdade desejados.

Foram identificados envolvidos que compraram diplomas de Medicina, em Minas Gerais, e outro que comprou um de Engenharia e tentava se credenciar no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ). Um jovem que teria comprado diploma de Direito em Campo Grande (MS) estaria fazendo pós-graduação na área. Outros, segundo a PF, usaram certificados falsos para fazerem concursos públicos.

A pessoa que teria comprado o diploma de Medicina está desaparecida. Segundo a PF, a suspeita era uma mulher que tinha em torno de 45 a 50 anos e estava exercendo a profissão há dois anos.

Por enquanto, só uma pessoa está presa. Tiago Francisco Vieira Pereira, 22 anos, foi detido Tangará da Serra (MT). Suspeito de ser um dos líderes, ele foi encontrado em casa, onde os policiais apreenderam documentos que comprovariam o crime.

Segundo Faveri, o jovem dizia aos clientes que os documentos eram originais das faculdades, desviados de dentro das instituições por funcionários coniventes com o esquema. Contudo, não foi comprovado que isso tenha ocorrido. De acordo com o delegado, todos os indícios são de que o rapaz falsificava em casa os documentos.

Na casa de Pereira também foi encontrado também um revólver calibre 38 que não tinha registro. Ele pode ser indiciado por falsificação de documentos públicos e privados e estelionato. O jovem foi encaminhado para interrogatório na sede da PF de Cuiabá e depois será levando para o Presídio Pascoal Ramos.

A Universidade Paulista (Unip) seria uma das instituições cujo nome era usado pela fraude. Pelo menos 15 suspeitos de se beneficiar com o esquema são do Estado de São Paulo. “Acreditamos que possa haver mais gente, mas ainda não é comprovado. A documentação existente na casa do suspeito comprova o esquema de falsificação”, disse o delegado.

Segundo ele, com o uso da Internet, a fraude obteve um alcance muito grande e, por isso, há casos em 14 Estados do País. Os Estados onde há suspeitos de terem comprado os documentos falsos são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Pernambuco, Maranhão, Acre, Pará e Bahia.

Redação Terra

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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