Delegado responsável pelo caso pediu acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio, mas teve solicitação negada
A Polícia Federal (PF) pretende interrogar novamente Adélio Bispo de Oliveira, responsável pelo atentado contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante as eleições de 2018. A informação foi divulgada ontem terça-feira (18) pelo jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, o delegado Martín Bottaro Purper, encarregado atualmente do inquérito, pediu à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio, produzido recentemente por dois peritos. Purper quer saber detalhes das condições atuais de saúde de Adélio antes de efetivar um novo interrogatório.
No entanto, o juiz Luiz Augusto Fiorentini, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, negou o acesso às informações. O magistrado alegou que “o documento está sob sigilo absoluto e não constitui diligência investigativa sobre fatos pretéritos, que justifiquem sua utilização na averiguação da participação e/ou financiamento por terceiros, no delito praticado pelo internado”.
Purper se tornou encarregado pelo inquérito no início deste ano. Antes dele, o delegado que estava com o caso concluiu por duas vezes que Adélio agiu sozinho e que não houve mandante no crime contra o atual presidente.
Adélio, que segue em uma penitenciária federal na capital sul-mato-grossense, foi submetido a uma nova avaliação psiquiátrica em julho. O exame subsidiará a definição, pela Justiça Federal, sobre se é possível ocorrer eventual retorno de Adélio ao convívio social.
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