A Polícia Federal já levantou onze crimes cometidos pelos envolvidos na operação de compra do dossiê Vedoin, que ligaria políticos tucanos ao esquema dos sanguessugas. Entre as ilegalidades estão o uso de caixa dois, crimes contra o sistema financeiro, fraude cambial, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, falsificação de documento, extorsão e estelionato.
Os donos da agência de câmbio Vicatur, Fernando Ribas e Sirlei Chaves, foram os dois primeiros indiciados. Na agência, foram comprados parte dos dólares usados na compra do dossiê. Outros seis envolvidos – os suspeitos do PT – já estão com rol de provas suficientes para indiciamento. No entanto, a PF quer ainda buscar provas mais contundentes contra personagens cuja participação não está bem caracterizada.
Entre os que devem ser indiciados, com provas suficientes, estão Gedimar Passos e Valdebran Padilha, presos com R$ 1,75 milhão destinado à compra do dossiê, em 15 de setembro passado. Estão também relacionados o ex-coordenador de comunicação da campanha do senador Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, e o ex-chefe do setor de inteligência do PT, Jorge Lorenzetti, acusado de ser o articulador da operação.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a PF deve indiciar Lorenzetti tambpem por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em caso de condenação, pode pegar até 12 anos de prisão.
De acordo com procurador Mário Lúcio Avelar, o grupo montou uma “operação típica de bandidos”, com intenção de influir nas pesquisas de opinião pública em São Paulo. O delegado Diógenes Curado, encarregado do inquérito, começou a esboçar o relatório parcial, em que manterá os indiciamentos já realizados e descreverá os crimes cometidos.
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