Policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (Derrf) de Várzea Grande “estouraram” uma central de apuração do jogo do bicho ligada a João Arcanjo Ribeiro. Na casa, os policiais detiveram três pessoas, sendo duas mulheres e um homem, que coordenavam a central. Na casa, foram apreendidos dezenas de blocos de anotações do jogo do bicho, com a marca Colibri, empresa de Arcanjo.
Segundo o chefe de operações da Derrf, Edson Leite, no local, através de um telefone, era informado os números sorteados do jogo do bicho. A apuração acontecia em Belo Horizonte através do sistema conhecido como “PT”. De lá vinha o resultado que era repassado aos apontadores. Os números eram fornecidos ao menos uma vez ao dia, segundo os policiais.
“A central de apuração atendia Cuiabá e Várzea Grande e servia também como local de arrecadação. Mesmo com as constantes investidas da polícia, o jogo do bicho resiste em funcionar. Pelo jeito, alguém continua no comando”, observou o policial.
Como o crime está ligado à contravenção, o delegado Marco Antônio Fonseca preencheu um termo circunstanciado e liberou os três envolvidos. O caso será julgado pelo Juizado Especial Criminal e os três poderão ser penalizados na prestação de serviço à comunidade ou entrega de um sacolão por mês a uma entidade filantrópica.
O material, no entanto, ficou apreendido. Pelos cálculos dos policiais, os talões são suficientes para apenas alguns dias. No entendimento dos plantonistas, os envolvidos com o jogo do bicho teriam uma outra central, que estaria em Cuiabá. “Vamos continuar combatendo o jogo do bicho”, completou o chefe de operações.
DC
