domingo, 22/12/2024
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Polícia Comunitária volta com nome diferente em Cuiabá

A interação no trabalho e ações dos órgãos que integram a Segurança Pública mato-grossense começam a ser testados com a instalação e funcionamento das Bases Comunitárias que começaram a funcionar em Cuiabá, uma nos bairros Araés e São Mateus.

No novo modelo implantado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) o trabalho das polícias Militar, Judiciária Civil, Polícia Técnica e Corpo de Bombeiros passa a ser realizado em um mesmo espaço, o que possibilita às instituições o atendimento integrado à população.

Com esse novo conceito, as Bases Comunitárias de Segurança passam a ocupar o espaço físico do que antes eram as Companhias Comunitárias de Segurança, que funcionavam, até então, apenas com efetivo da Polícia Militar. Além das 14 Companhias Comunitárias, que passarão a constituir as Bases Comunitárias, duas são novas, como a do bairro Araés, construída com auxílio da comunidade local, em Cuiabá, e a do São Matheus, em Várzea Grande.

O diferencial neste novo modelo das Bases de Segurança é a gama de serviços que a comunidade terá a disposição, como registro de ocorrências de pequeno e grande portes, emissão de carteiras de identidade, orientação na prevenção de acidentes domésticos, vistorias técnicas em edificações, entre outros, além do policiamento preventivo e ostensivo.

Na avaliação do governador Blairo Maggi, que inaugurou as Bases de Segurança com o secretário Carlos Brito, autoridades da área de Segurança Pública, o prefeito Wilson Santos, parlamentares e líderes comunitários, a interação das polícias tão buscada pelas administrações públicas tem a partir de agora, um laboratório para testar a efetivação desse tipo de ação.

“O poder público só pode interferir para mudar uma situação quando tem conhecimento dela, quando sabe o que está acontecendo. E as Bases de Segurança vêm colaborar nesse processo de efetiva interação entre os órgãos de Segurança Pública e a sociedade, pois nessas bases é que devem estar refletidos a essência do trabalho de segurança, de comunidade interagindo, proporcionando ao mesmo tempo serviços para melhorar a vida do cidadão e estes interação”, observou Maggi.

Nas Bases de Segurança, a Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social irá implantar unidade de inclusão digital, conforme anunciou o governador, colaborando dessa forma com mais um serviço à disposição da comunidade.

Carlos Brito destacou a integração entre as polícias e a comunidade um dos princípios na idealização do projeto e, principalmente, para o combate ao crime. “As ações realizadas em conjunto sempre apresentam resultados positivos. Por isso vamos juntos, Polícia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros, perícia técnica, enfim, toda a base da segurança, em parceria com a comunidade, combater o crime e a violência na Grande Cuiabá e em todo nosso Estado”, enfatizou o secretário, acrescentando que o projeto da antes Polícia Comunitária deu sua contribuição para o início de um processo de interação agora implantado com mais abrangência social.

“Além dos serviços que estamos ofertando, a comunidade terá a possibilidade de trabalhar junto com o Estado ações preventivas de cunho social”, disse Brito ao destacar projetos sociais desenvolvidos em vários bairros de Cuiabá como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), Rede Cidadã, projetos como Só Alegria, Mãos Amigas, Companhia Solidária, PM Júnior e Justiça Comunitária, que terão um espaço para outras realizações.

O prefeito Wilson Santos destacou que a implantação das Bases Comunitárias representa o esforço conjunto entre Município e Estado em busca da melhoria nas ações da Segurança Pública, tido hoje como um dos mais graves problemas sociais brasileiros.

As Bases terão uma equipe composta por 24 funcionários, sendo um oficial e 16 policiais militares, um investigador da Polícia Judiciária Civil, um policial do Corpo de Bombeiros, um ouvidor, uma equipe da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsável pela emissão das carteiras de identidade, um membro do Proerd e do projeto Rede Cidadã.

INTERAÇÃO

O comerciante e presidente do bairro Araés, Nelson Basso lembra a luta que a comunidade teve ao longo de 17 anos junto ao poder público para levar ao bairro uma companhia de polícia. “Desde 1990 estamos buscando o auxílio que agora veio para beneficiar toda a região do Araés e levar adiante esse trabalho que esperamos ter entre a população e a polícia, buscando soluções em conjunto para os problemas da violência”, disse Nelson.

O aposentado Antonio Hebert dos Santos, 63 anos, elogiou a iniciativa e espera do trabalho da Base de Segurança a interação tão perseguida pela comunidade.

Os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, diretores da Polícia Judiciária Civil e da perícia técnica, representantes da Polícia Comunitária e líderes comunitários acompanharam de perto o desenvolvimento do projeto, participando constantemente das reuniões e dos encontros que discutiram desde a criação até a implantação das Bases de Segurança.

Na terça-feira (15), a Sejusp entrega a Base Comunitária para a população do bairro São Matheus e região, em Várzea Grande. Ao todo serão 16 bases, sendo 14 em Cuiabá e duas em Várzea Grande.

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Parmenas Alt
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