Um planejamento operacional com foco na redução da criminalidade será colocado em prática pela Polícia Judiciária Civil, a partir de 1º de junho. As ações serão executadas por todas as delegacias da Diretoria Metropolitana até 31 de dezembro de 2010 e a meta é baixar os índices de violência na capital e Várzea Grande. O plano foi apresentado aos delegados da Região Metropolitana a semana passada.
Em cima da realidade das unidades policiais e das estatísticas criminais, o delegado Marcos Aurélio Veloso e Silva elaborou um planejamento para melhorar a qualidade do atendimento à população e a estruturação das delegacias, tanto na parte física e pessoal quanto nos serviços de polícia judiciária.
O diretor geral da Polícia Judiciária Civil, Paulo Rubens Vilela, aprovou o planejamento e disse que as mudanças administrativas e operacionais vão melhorar a imagem da Instituição.
Um “choque de gestão”, assim está sendo avaliado o planejamento de oito estratégicas que objetivam “dar a Polícia Judiciária Civil modernidade, agilidade e eficiência, adequando a Instituição aos novos tempos e, ao mesmo tempo, garantir transparência aos atos e ações de polícia judiciária, considerando o Programa de Ações de Segurança (PAS)”, explica o diretor.
Para alcançar as metas, o planejamento traçou estratégias que passam pela reestruturação da gestão administrativa, modernização da gestão policial, gestão de resultados e fortalecimento das ações operacionais. “A Polícia Civil está implementando uma filosofia nova, baseada em dados reais e passíveis de serem alcançados”, destacou o diretor metropolitano, Marcos Veloso.
As mudanças buscam a redução dos crimes de tráfico de drogas, roubo, furto, homicídio e os crimes ambientais. Conforme Veloso, dentro das ações operacionais estão à centralização dos atendimentos de registro de trânsito e a abertura de unidades policiais, em Cuiabá e Várzea Grande, além da inauguração da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR), da Capital.
Com ações programadas, o plano prevê a realização de uma série de operações denominadas “choque de ordem” e até arrastões para reprimir o tráfico de drogas, crime associado ao roubo, ao furto e aos homicídios, o porte ilegal de arma de fogo e roubo/furtos de veículos. “Aplicamos algumas alterações na titularidade das unidades e no modo operacional e utilizamos ferramentas de gerenciamento para melhorar a Polícia Judiciária Civil”, explicou o delegado.
As Delegacias Especializadas de Entorpecentes (DRE), do Adolescente (DEA), de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) e Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), trabalharão com a troca de informações, já que os crimes que elas investigam estão diretamente ligados e muitos têm o envolvimento de adolescentes. As delegacias terão um banco de dados atualizado e seu trabalho de inteligência será intensificado. “Uma rede de ações com diversas delegacias envolvidas”, frisa o delegado Marcos Veloso.
Com relação à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) foi lotado na unidade dois delegados de polícia que atuarão nos atos infracionais cometidos por menores na capital. “Em todas as ações que temos detectados existe a participação de menores, e a polícia precisa trabalhar para melhorar isso”, destaca.
O plano ainda prevê o fortalecimento do sistema de inteligência das unidades policiais, do controle interno e a capacitação dos servidores, principalmente para o trabalho de alto risco.
