Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), o Governo do Estado deu um importante passo para resolver o caos que se
instalou na Saúde Pública de Mato Grosso, ao convocar os poderes constituídos para tratar sobre o assunto. O Poder Executivo, a Casa de Leis, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Procuradoria Geral do Estado, Tribunal de Contas e Ordem dos Advogados do Brasil – secção MT, se uniram para buscar soluções que devolvam a capacidade
de atendimento e gerenciamento dos hospitais e prontos socorros municipais de Cuiabá e Várzea Grande.
Riva participou da reunião com os poderes ontem terça-feira (17), que durou aproximadamente três horas, no Palácio Paiaguás. Na semana passada, em Plenário, Riva cobrou do governador Silval Barbosa a participação dos poderes nessa questão.
“É uma responsabilidade que precisa ser compartilhada. O governador não tinha outra coisa a fazer a não ser convidar os poderes. O Estado precisa ter uma atitude. Estadualizar os prontos socorros é uma saída”, afirmou o
parlamentar. Sobre a possível interferência desse problema nos preparativos à Copa do Mundo, Riva lembrou que essa é uma questão antiga e o Governo tem que agir rápido.
O governador explicou que esse setor exige planejamento e investimento, “ação que não se faz do dia pra noite”. Ele também reconhece como muito séria a situação dos prontos socorros de Cuiabá e Várzea Grande, tanto que vai ouvir os prefeitos das respectivas cidades para decidir sobre a intervenção estadual.
Caso o Estado assuma a problemática, uma das primeiras providências será a de convocar Organizações Sociais de Saúde para gerir os dois prontos socorros. “Precisamos saber a possibilidade de alguma organização social
assumir o gerenciamento dessas unidades de saúde”, avaliou Silval, ao declarar que a licitação será feita o mais rápido possível. E que esse processo demandará pelo menos 60 dias.
Enquanto isso, a equipe técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES) fará um trabalho, em ritmo de mutirão, nas unidades de saúde para desafogar o atendimento na Capital. Também será feito um levantamento sobre a demanda
por patologias. Médicos e sindicatos também serão ouvidos.
Além disso, Silval anunciou que, o trabalho em parceria entre Defensoria Pública, Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça, poderá realizar auditoria para checar o que realmente aconteceu nesse sistema que se tornou
o maior problema de Mato Grosso. “Se for preciso faremos um sacrifício no orçamento. Temos que rever as ações”, argumentou Silval.
A partir de agora, o secretário de Saúde Pedro Henry vai procurar os dois prefeitos e propor a gestão compartilhada, por meio das organizações sociais nos prontos socorros e nos hospitais municipais. “Sem a totalidade desses esforços, não conseguiremos equalizar o sistema de saúde no Estado”, disse o secretário.