Os PMs foram abordar um rapaz suspeito de tráfico de drogas, mas acabaram espancando duas mulheres que estavam na casa. A confusão ocorreu numa casa da rua Benedito Leite, onde se encontravam pelo menos 15 pessoas na hora da confusão.
Segundo o relato de testemunhas, os PMs tentaram abordar um rapaz que se encontrava em frente à casa, em atitude suspeita. Ao ver a polícia, o rapaz correu para o interior da casa. Ao perseguirem o rapaz, os policiais invadiram o recinto. Como o rapaz conseguiu fugir, os PMs tentaram localizar droga na casa, mas nada encontraram.
Então, iniciou-se uma discussão entre os dois PMs e dois irmãos do rapaz, que impediam a revista a casa. Os outros militares, então, ficaram revoltados e começou uma sessão de pancadaria, chamando a atenção de vizinhos que entraram na casa.
“Um dos policiais chegou a derrubar a arma duas vezes e achou que alguém a tinha tomado. Ele estava nervoso, muito nervoso. Se não tivesse tanta gente na casa, com certeza, algo de pior teria ocorrido”, explicou uma vizinha.
Na confusão, a mãe dos rapazes foi atingida por um golpe de algema e acabou ferida. Uma vizinha também foi empurrada durante a confusão. As testemunhas apontaram os PMs como autores da agressão. Como os policiais estavam exaltados, um dos presentes ligou para o Ciosp, avisando sobre a confusão.
“Os PMs avisaram que já tinha uma viatura na área. Explicamos que era preciso mais policiais para acalmar os que estavam na casa. Foi um custo para convencer a polícia a mandar mais policiais”, explicou a vizinha. Os moradores da casa disseram que os PMs foram embora sem prestar socorro, mas voltaram minutos depois, colocando as duas mulheres no camburão.
“Eles me arrastaram e praticamente me jogaram dentro da viatura e depois me deixaram lá. Os PMs sumiram depois. Tivemos que voltar para a Delegacia para registrar queixa”, explicou a mãe dos rapazes.
Os PMs queriam autuar os dois rapazes por desacato, mas o delegado plantonista da Delegacia do Verdão não entendeu assim e liberou todos. Antes, solicitou exame de corpo de delito. As vítimas informaram que vão registrar queixa contra os PMs na Corregedoria-Geral da Polícia Militar.
DC