Policiais militares do 1º Batalhão prenderam em flagrante três assaltantes que invadiram uma casa no bairro Lixeira, onde renderam nove pessoas. Trata-se de Márcio Oliveira Silva, de 28 anos, Rogério Gonçalves de Moraes, de 20, e Eziel Leandro Pachori, de 19, presos com celulares que roubaram das vítimas. O assalto ocorreu anteontem, por volta das 19 horas. Durante cerca de meia hora, os ladrões – usando máscara do homem-aranha – torturaram a família inteira, colocando uma faca no pescoço do proprietário da casa, um aposentado de 70 anos.
Conforme o relato das vítimas, dois ladrões – Eziel e Rogério – entraram na casa e um deles estava armado com uma faca. Márcio dava cobertura ao roubo do lado de fora. Como as vítimas reagiram, acabaram sendo espancadas pelos ladrões, que as amarraram e deixaram todas trancadas num quarto.
Com a situação sob controle, os ladrões reviraram a casa em busca de jóias e dinheiro. Zangados, os assaltantes queriam saber se havia cofre na casa. Como nada encontraram, fugiram em seguida levando três celulares e dois pares de tênis.
Eles fugiram a pé e, minutos depois, acabaram presos por PMs que fazem o policiamento do bairro. As vítimas conseguiram se livrar das amarras e ligaram para a Base Comunitária da PM, na Lixeira. Os policiais prenderam primeiro Eziel que foi reconhecido pelas vítimas, embora não tivesse sido preso com os produtos roubados.
Em outra rua, outros militares prenderam Márcio e Rogério, que estavam com celulares roubados. Eles também foram reconhecidos pelas vítimas. “O Rogério, segundo as vítimas, é a quarta vez que assalta a mesma residência. Tinha ficado freguês”, observou um policial que participou da prisão.
Conforme o comandante do 1º Batalhão, coronel Jadir Metelo Costa, o bairro Lixeira tem recebido a atenção da PM, principalmente pelo fato de ser um local onde funcionam várias bocas-de-fumo. “Temos também uma base comunitária que atende todo o bairro. Com isso, conseguimos desarticular o bando”.
Na Delegacia do Complexo do Verdão, Rogério confirmou a participação no assalto junto com Eziel. Márcio negou a participação, mas foi reconhecido pelas vítimas. Os três exigiram que fossem levados para a Cadeia Pública do Carumbé, mas o delegado plantonista Luiz Fernando Arantes informou não ser possível. “Quem decide (para onde o preso vai) é o Sistema Prisional”, explicou.
Para o delegado, o assalto praticado em residências é o pior de todos, pois os bandidos invadem o lar, local de privacidade das pessoas. “Sem falar no trauma que causa nas pessoas”, frisou. Policiais plantonistas disseram ter se tornado rotina o assalto em casas de bairros de classe média na Capital.
fonte/dc