quinta-feira, 21/11/2024
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Plantas da Caatinga são usadas no combate ao Aedes

A Caatinga &eacute um bioma que s&oacute &eacute encontrado no Brasil. Por isso, in&uacutemeras esp&eacutecies da fauna e da flora da regi&atildeo s&oacute existem no Pa&iacutes. A umburama camb&atildeo, por exemplo, &eacute uma das plantas da Caatinga que se revelou uma importante arma contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika v&iacuterus e febre chikungunya.

Segundo o pesquisador Alexandre Gomes, do Insa, os experimentos da umburama camb&atildeo mostraram que a solu&ccedil&atildeo do &oacuteleo da planta tem uma efici&ecircncia de 50% a partir de 90 partes por milh&atildeo, o que significa que apenas uma gota &eacute suficiente para proteger uma caixa d&39&aacutegua do Aedes. O cheiro caracter&iacutestico da folha da &aacutervore foi a pista para investigar as poss&iacuteveis propriedades inseticidas da planta.

&quotJ&aacute sabemos que alguns compostos de plantas t&ecircm atividade inseticida. Esses compostos s&atildeo chamados terpenoides e podem ser arom&aacuteticos vol&aacuteteis. Um exemplo deles est&aacute na folha da pitanga, que, quando se amassa, tem um cheiro t&iacutepico&quot, explica Gomes.

Apesar do resultado satisfat&oacuterio da umburana contra o mosquito da dengue, &eacute fundamental n&atildeo descuidar das recomenda&ccedil&otildees para combater o Aedes aegypti como eliminar criadouros, esvaziando e lavando todos os recipientes que acumulem &aacutegua limpar as calhas das casas e preencher pratos de vasos de plantas com areia. Nem mesmo &aacutegua sanit&aacuteria &eacute garantia de que o mosquito n&atildeo se desenvolver&aacute.

Desde 2010, pesquisadores do N&uacutecleo de Bioprospec&ccedil&atildeo da Caatinga do Instituto Nacional do Semi&aacuterido (Insa), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) se uniram no esfor&ccedilo de estudar as plantas da Caatinga.

DSTs

Os cientistas ainda descobriram nas plantas da Caatinga potencial para o desenvolvimento de novos antibi&oacuteticos para tratar micro-organismos mais resistentes. Os medicamentos usados contra a triconomose, doen&ccedila sexualmente transmiss&iacutevel com 276 milh&otildees de novos casos por ano, segundo a Organiza&ccedil&atildeo Mundial da Sa&uacutede, est&atildeo perdendo a efic&aacutecia diante da resist&ecircncia do protozo&aacuterio Trichomonas vaginalis.

Uma solu&ccedil&atildeo, investigada por pesquisadores da UFRGS, &eacute o extrato da esp&eacutecie Polygala decumbens, popularmente conhecida como vick, que foi capaz de controlar a infec&ccedil&atildeo causada pelo protozo&aacuterio.

Subst&acircncias encontradas no extrato da folha da ma&ccedilaranduba (Manilkara rufula) tamb&eacutem se mostraram eficazes contra a triconomose. O trabalho investigou a atividade do extrato acet&ocircnico da folha da planta (produzido a partir do p&oacute da folha mergulhado na acetona, um solvente org&acircnico) e de sete fra&ccedil&otildees produzidas a partir desse extrato. O estudo comprovou que concentra&ccedil&otildees de 10mg/mL do extrato e as fra&ccedil&otildees foram capazes de matar os protozo&aacuterios.

Antioxidantes naturais

Outras plantas t&ecircm o poder de neutralizar os oxidantes no organismo humano, como o cambu&iacute, a maca&uacuteba e o pequi. Nativo do Cerrado e tamb&eacutem encontrado na Caatinga, o pequi (Caryocar coriaceum) &eacute rico em prote&iacutenas, fibras, vitaminas A e C, minerais e compostos fen&oacutelicos e carotenoides totais, que est&atildeo associados &agrave preven&ccedil&atildeo de processos oxidativos.

Por isso, o &oacuteleo de pequi, extra&iacutedo da sua polpa ou am&ecircndoa, &eacute aplicado em cosm&eacuteticos, como cremes anti-idade. Al&eacutem disso, foram verificados os benef&iacutecios do pequi para a a&ccedil&atildeo anti-inflamat&oacuteria, prote&ccedil&atildeo cardiovascular, preven&ccedil&atildeo de aterosclerose e redu&ccedil&atildeo da press&atildeo arterial.

Os pesquisadores tamb&eacutem observaram propriedades antioxidantes no cambu&iacute (Myrciaria tenella) e no fruto da maca&uacuteba (Acrocomia aculeata), palmeira nativa encontrada em extensa &aacuterea do Brasil, usada na produ&ccedil&atildeo de biocombust&iacutevel.

Fonte: Portal Brasil, com informa&ccedil&otildees do MCTI

Todo o conte&uacutedo deste site est&aacute publicado sob a licen&ccedila Creative Commons CC BY ND 3.0 Brasil

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Parmenas Alt
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