O Boletim Conjuntura Econômica de Mato Grosso, divulgado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), nesta quarta-feira (15.11), aponta que no primeiro semestre de 2017 os setores de Comércio e Serviços apresentaram uma incipiente retomada do crescimento da atividade econômica.
As boas notícias ficam por conta da queda do desemprego e do aumento do consumo das pessoas físicas. Ambas, com a queda da inflação e consequente redução dos juros e da inadimplência, têm boas expectativas, porém dependem da possível concretização de certas condições macroeconômicas a serem definidas pelo Congresso Nacional.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos, unidade vinculada à Secretaria Adjunta de Informações Socioeconômicas, Geográficas e Indicadores da Seplan. O documento analisa semestralmente a conjuntura econômica de Mato Grosso e detalha as mais relevantes atividades.
De acordo com o Boletim, as atividades ligadas ao setor agropecuário exportador passam por um período um tanto incerto, uma vez que os principais produtos agrícolas do Estado (milho e soja), estão internamente com preços próximos ou abaixo do custo de produção. A influência é direta nessas atividades econômicas, uma vez que preços menores desestimulam em certa medida a produção, que resulta em menor consumo de insumos e serviços.
A indústria diretamente ligada ao setor da agricultura empresarial, tanto em relação à demanda de insumos quanto no beneficiamento da produção primária, mesmo que básico, por questões de sazonalidade da produção agrícola, tende no segundo semestre a decrescer.
Com relação às finanças públicas do Estado, o documento demonstra que no primeiro semestre de 2017 foi registrada uma receita primária total de R$ 7.927.208.116,39 que representa um crescimento real de 0,95%. Já as despesas primárias totais empenhadas de R$ 9.176.257.335,16 e liquidado de R$ 7.335.216.773,70 apresentam, respectivamente, crescimento real de 12,9% e 3,35% respectivamente.
Na avaliação da equipe técnica que elabora o boletim, verifica-se, diante dos dados, um prognóstico econômico de tendência relativamente negativa das contas públicas estaduais para o segundo semestre de 2017, dada a permanência das causas do descompasso entre a receita e a despesa.
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