O Palácio do Planalto desistiu de convidar chefes de Estado e de governo estrangeiros para a cerimônia de posse do segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dia 1o de janeiro.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira pelo assessor especial da Presidência Cézar Alvarez, encerrando especulações sobre mudanças na data da cerimônia, que coincide com as comemorações pela passagem de ano.
“Considerando as dificuldades de deslocamento no dia 1o de janeiro, o presidente Lula preferiu não causar transtornos à vida pessoal dos chefes de Estado estrangeiros”, disse Alvarez a jornalistas depois de uma reunião de dirigentes políticos do PT e aliados do PCdoB, PSB e PRB.
Para permitir a presença dos governadores, que também tomam posse no primeiro dia do ano, a solenidade será à tarde, e não pela manhã, como ocorreu na transmissão do cargo de Fernando Henrique Cardoso para Lula.
No lugar dos chefes de Estado, membros do corpo diplomático sediado em Brasília estarão entre os mais de 700 convidados oficiais para a posse. Apesar do cerimonial mais restrito, Lula insiste em que haja participação popular.
“O presidente recomendou que façamos uma solenidade politicamente forte e materialmente sóbria”, disse Alvarez, que foi o responsável pela organização da agenda política de Lula na campanha eleitoral desse ano.
Segundo Alvarez, Lula vai assumir o cargo pela segunda vez às 16h, no Congresso Nacional, onde fará o juramento oficial. Em seguida, dará posse coletiva aos ministros, no Palácio do Planalto, e fará um discurso no parlatório em frente ao Palácio.