Modalidade de pagamento superou cartão de débito e fica atrás apenas do dinheiro na preferência do usuário, aponta levantamento da Gaudium
Em menos de dois anos, o Pix se consolidou como um grande meio de pagamento entre os brasileiros, principalmente em apps de transportes regionais, é o que mostra o levantamento da Gaudium, startup de tecnologia focada em mobilidade urbana e logística e dona da Machine, software para a criação de aplicativos de transporte e de entregas presente em mais de 1.500 cidades no Brasil.
A pesquisa mostrou que o Pix já é a segunda principal forma de pagamento em corridas de aplicativos de transporte e ultrapassou a quantidade de corridas realizadas no cartão de débito, que até então era o segundo colocado na preferência dos usuários. A diferença ainda é mínima, 11,6% no Pix, contra 11,5% no cartão de débito, mas foi a primeira vez que o Pix apareceu numericamente à frente do débito em um mês inteiro. Os dados são de um levantamento realizado no mês de abril.
Segundo o sócio-executivo da Gaudium, Bruno Muniz, o Pix conquistou espaço pela simplicidade e a praticidade para passageiros e motoristas. “O Pix oferece mais flexibilidade financeira aos passageiros. Existem menos chances dos usuários transferirem valores errados ou caírem em golpes. Para motoristas, o valor é debitado na hora e não é preciso ir pagar por taxa de maquininha”, revela o executivo.
Apesar do avanço do pagamento instantâneo, o dinheiro segue sendo disparado a principal forma de pagamento em corridas de aplicativo. Aproximadamente sete a cada 10 corridas são pagas fisicamente. “É cultural. Tanto que os aplicativos multinacionais foram obrigados a aceitar pagamento em dinheiro aqui no Brasil, o que eles não fazem em muitos país. Mas o dinheiro tem seus ônus, principalmente a insegurança por parte do motorista. Por isso, cabe a nós, que desenvolvemos tecnologia para o setor, fazer com os pagamentos digitais sejam cada vez mais simplificados e popularizados”, finaliza o executivo.
Sobre a Gaudium
A Gaudium, dona da Machine, é uma empresa de tecnologia criada em 2011 pelo cientista da computação Bruno Muniz e pelo engenheiro Ricardo Góes. Hoje, a startup é focada nos mercados de mobilidade e logística, possui o selo Great Place to Work e já participou de dois Programas de Aceleração Scale Up da Endeavor. Além da Machine, a empresa é dona do Conecta, portal de conteúdo e educação sobre mobilidade e logística, e do Mr. Frete, um site de busca por empresas de motoboy.
Ana Claudia Silva