Quase dois terços das rodovias pavimentadas do Brasil estão em situação regular, ruim ou péssima. É o que aponta a pesquisa do Confederação Nacional dos Transportes, divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o levantamento, dos 95,7 mil km avaliados, 33,4% foram considerados em situação regular, 20,3%, ruim e 9%, péssima. Outros 27,4% estão em bom estado e 9,9% em ótimo. Se comparados com os dados da pesquisa de 2011, houve piora na qualidade das estradas nacionais. No ano passado, 57,4% foram classificadas como regulares, ruins ou péssimas, contra 62,7% este ano.
Para o presidente da CNT, o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), "os resultados apresentados neste relatório subsidiam a elaboração de políticas públicas de manutenção de rodovias pelos governos federal, estaduais e municipais, assim como a criação de marcos legais que traduzam as necessidades de uma infraestrutura rodoviária condizente com os desejos de progresso do Brasil".
Os aspectos que embasam a pesquisa são a qualidade de pavimentação, a sinalização e a geometria da via. Se em 2011 a sinalização era considerada ótima ou boa em 43,1% das rodovias, esse número foi reduzido para 33,8% este ano. A geometria da via também registrou queda, embora de menor percentual. Em ótimo ou bom estado eram 23,2% do total, agora são 22,6%. O único quesito com melhorias foi o de pavimento. As rodovias avaliadas como ótimas ou boas neste ponto passaram de 52,1% do total para 54,1%.
Rodovias pedagiadas
O estudo avaliou 65.273 km de rodovias federais e 30.434 km de rodovias estaduais, sendo que 80.315 km estão sob gestão pública e 15.392 km sob gestão de concessionárias. Enquanto apenas 27,8% das rodovias sob a gestão pública estão em ótimo ou bom estado, o percentual positivo das rodovias concedidas é de 86,7%.
Regiões e Estados
O levantamento também mostra os resultados por Estado. São Paulo possui o maior percentual de rodovias em ótima situação, com 49,9% do total, seguida por Rio de Janeiro (20,6%) e Paraná (18%). Já os estados com maior percentual de estradas em péssimas condições são o Acre (38%), Roraima (25,3%) e Amazonas (22,5%).
A pesquisa do CNT faz o ranking de 109 ligações rodoviárias, que são trechos regionais que interligam territórios de uma ou mais unidades da federação, extensões de grande importância socioeconômica e volume significativo de tráfego de veículos de cargas e de passageiros. A ligação mais bem avaliada é o trecho entre São Paulo e Limeira (SP). Entre as dez melhores, nove interligam municípios de São Paulo e uma liga um município de São Paulo a um de Minas Gerais (Rio Claro a Itapetininga).
Entre as dez piores ligações, a maioria está no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com destaque negativo para o trecho que vai de Rio Verde a Iporá (GO) e de Natividade (TO) a Barreiras (BA).
Confira o estudo completo, o resumo com os principais dados e fotos das principais rodovias na página daPesquisa CNT de Rodovias 2012.
Terra
