Tragédia chocou a comunidade local e o setor do agronegócio, onde Flávio atuava com frequência como piloto
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Flávio Rivera, de 54 anos, foi encontrado morto nesta quinta-feira (3), um dia após o avião que pilotava cair em uma área de mata fechada em Rondonópolis, a 212 km de Cuiabá. Rivera era o único ocupante da aeronave e, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), seu corpo foi localizado entre os destroços do monomotor Piper Cherokee Six, no Morro do Gavião — região de difícil acesso.
A aeronave decolou de Primavera do Leste às 7h15 da quarta-feira (2) e deveria ter pousado por volta das 8h30 em um aeroporto privado na Gleba Rio Vermelho. No entanto, o avião perdeu contato com o radar pouco antes da chegada. O local da queda fica a cerca de 5 km do ponto de pouso previsto.
De acordo com registros do radar, o piloto realizou algumas voltas entre os dois pontos, o que pode indicar uma tentativa de ajuste ou identificação de problema, embora a causa do acidente ainda não tenha sido esclarecida. A investigação está em andamento.
Piloto experiente e conhecido
Flávio Rivera era considerado experiente e realizava o trajeto entre Primavera do Leste e Rondonópolis há cerca de quatro anos, com voos quinzenais. O proprietário da aeronave, o empresário do agronegócio João Trojan, disse estar surpreso com o acidente. “Ele conhecia bem a rota, fazia esse percurso com frequência. Foi uma grande perda”, declarou.
Flávio era filho da cantora e escritora Vera Capilé. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de identificação e liberação.
Resgate desafiador
As buscas mobilizaram o Corpo de Bombeiros e a FAB desde a noite de quarta-feira. Um helicóptero foi utilizado para alcançar a região de vegetação densa e paredões rochosos. O acesso ao local foi dificultado pelas condições geográficas, o que atrasou a confirmação da morte.
A tragédia chocou a comunidade local e o setor do agronegócio, onde Flávio atuava com frequência como piloto. Ainda não há previsão de divulgação oficial sobre o laudo da queda.
Por Jota Passarinho
