Ministro da Fazenda disse que PIB cresceu mais do que ‘imaginavam’ e avalia produto em torno de 2,8%
O PIB é a soma das riquezas produzidas pelo país em determinado período e, segundo Haddad, ele cresceu mais que o esperado pelo governo neste ano. “Vamos analisar com calma. A peça orçamentária está fechada com o que foi feito em julho, mas o PIB evoluiu mais do que imaginávamos na ocasião. Fechamos o orçamento com um PIB estimado de 2,5% e qualquer coisa além disso vai refletir em um aumento de receitas proveniente do crescimento orgânico da economia. O que é muito bom”, afirmou.
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, o PIB cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre de 2024. O crescimento foi puxado, sobretudo, pela indústria, que teve alta de 1,8% no período. Em valores finais, o PIB produziu R$ 2,9 trilhões no período.
Haddad comentou também o crescimento da indústria no país. “A indústria voltou forte, a formação bruta de capital fixo está correspondendo também e veio acima das projeções, o que significa mais investimentos. E temos que olhar muito para investimento porque é ele que vai garantir um crescimento com baixa inflação. Se não aumentarmos a nossa capacidade instalada vai chegar um momento que teremos dificuldade de crescer sem inflação”, explicou o ministro.
O titular da pasta da Fazenda acrescentou que o “crescimento com investimento maior é a garantia de equilíbrio de oferta e demanda”. Já em relação ao cumprimento das metas fiscais deste ano e do ano que vem, Haddad disse que se guia pelas informações do Tesouro Nacional para avaliar o cenário do país.
Segundo trimestre de 2024 X segundo trimestre de 2023
Em relação ao mesmo período de 2023, o PIB avançou 3,3%. O Valor Adicionado a preços básicos aumentou 3% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios avançaram 5,4%.
A indústria cresceu 3,9%, com destaque para eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos que subiu 8,5%, resultado favorecido pelo aumento de consumo de energia em todas as classes, principalmente residencial, e pela continuidade da bandeira tarifária verde.
A construção, por sua vez, cresceu 4,4%, com o aumento de seus insumos típicos e da ocupação da atividade. Já a agropecuária recuou 2,9% em relação a igual período de 2023.
Fonte: R7