O ex-delegado da Polícia Civil Márcio Pieroni, os irmãos Clóves Luiz Guimarães e Josino Guimarães, o o agente penitenciário Gardel Tadeu Ferreira e o detento Abadia Proença foram presos pela Polícia Federal por terem sido condenados pela fraude numa investigação referente ao assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. A apuração foi forjada para tentar livrar Josino do julgamento pelo homícido do magistrado. Ele é acusado de ter sido o mandante do crime.
Os cinco foram condenados pela Justiça Federal em Mato Grosso em 2011 por terem tentado provar que Leopoldino estava vivo e morando na Bolívia. Eles foram sentenciados por formação de quadrilha, denunciação caluniosa, fraude processual, interceptação telefônica para fins não previstos em lei e violação de sepultura. Entretanto, cumpriam a pena em liberdade.
As ordens judiciais para as prisões foram expedidas pela 7ª Vara Federal de Cuiabá em função de uma condenação em segunda instância dos cinco réus. Josino foi preso em Rondonópolis, onde vive, e os outros quatro em Cuiabá.
Entenda o caso
Leopoldino Marques do Amaral foi encontrado morto em Concepción, no Paraguai, com marcas de tiro na cabeça e com o corpo parcialmente carbonizado, pouco tempo depois de denunciar um esquema de venda de sentença no Poder Judiciário de Mato Grosso.
Acusado de ser o mandante do crime, Josino Guimarães foi a júri popular em 2011, mas foi absolvido apesar de ter sido considerado responsável pela morte. O Ministério Público Federal considerou a decisão contraditória e pediu a anulação do julgamento. A Justiça acatou os argumentos e determinou que ele fosse a júri pela segunda vez.
O julgamento tinha sido marcado para fevereiro do ano passado, mas foi suspenso, posteriormente, pelo Superior Tribunal de Justiça, atendendo ao pedido da defesa de Josino.