Duas pessoas foram presas, nesta quarta-feira, em Rondonópolis, pela Polícia Federal. Eles são acusados de envolvimento numa quadrilha especializada em contrabando e falsificação de cartões de créditos, que atuava em quatro Estados brasileiros.
Além da cidade mato-grossense, a Operação “Olympia” cumpriu ao todo 17 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão em Montes Claros (MG), São Paulo (SP), Jales (SP), Três Fronteiras (SP) e Aparecida do Taboado (MS).
Conforme informações da PF, as investigações tinham inicialmente como alvo um grupo de contrabandistas que atuava Jales. Mas com o andamento das investigações, a polícia comprovou que a quadrilha efetuava fraudes por meio de cartões de crédito, possivelmente clonados.
Depois, informou a PF, também se verificou que a quadrilha de estelionatários também aplicava inúmeros golpes com o auxílio de “laranjas”. Essas pessoas emprestavam seus nomes para os acusados aplicarem os golpes. Os laranjas eram aliciados em cidades distantes de Jales, como na cidade de Rondonópolis.
“Laranjas” vão às compras
Após a falsificação de documentos para a comprovação de renda e de endereço, os “laranjas” abriam contas em diversos bancos, pediam cartões de crédito, financiavam a compra de diversos bens, incluído automóveis. Além disso, eles realizavam compras com cheques pré-datados, e vendiam folhas de cheque em branco para outras pessoas aplicarem golpes.
Segundo a polícia, os bens adquiridos eram posteriormente vendidos, que eram levados para a área rural de estados como o Mato Grosso, onde seriam de difícil localização depois que o financiamento deixava de ser pago. Após os golpes, os “laranjas” retornavam a suas cidades de origem, e, revela a PF, dificilmente eram localizados, já que os endereços que constavam em seus diversos cadastros indicavam para a cidade de Jales.
Prisões em MT –
Durante o cumprimento de mandado de busca no bar de propriedade de N.B. ainda foi encontrado um revólver calibre 32 municiado e diversas caixas de cigarro contrabandeadas. Se condenados, eles podem ficar pegar de 3 a 11 anos de prisão.
Os dois homens presos em Rondonópolis, o comerciante N.B. e a balconista M.F.D. atuavam como aliciadores. Eles foram encaminhados para a Cadeia Pública da cidade. Em seguida eles serão encaminhados para a cidade Jales, interior de SP, onde está a base da Operação.