Iniciada nesta segunda-feira para prender um grupo de policiais acusados de corrupção e cinco quadrilhas supostamente ligadas à máfia dos caça-níqueis, a chamada Operação Xeque-Mate, da PF (Polícia Federal), já prendeu 77 pessoas.
Os números foram divulgados na tarde desta segunda e, de acordo com a PF, os presos ainda estão sendo catalogados. Os nomes não foram revelados. Detalhes deverão ser divulgados ainda hoje, na Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul.
A operação ocorre em seis Estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais. Cerca de 600 policiais cumprem mandados de busca e apreensão e de prisão.
Investigação
De acordo com a PF, a operação reúne dois inquéritos. O primeiro investigava grupos que atuavam no contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para uso em máquinas caça-níqueis em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rondônia. O segundo investigava sete policiais civis de Três Lagoas (MS) suspeitos de envolvimento no comércio ilegal de armas e em casos de tortura.
Durante as investigações, a PF descobriu que o grupo ligado à máfia dos caça-níqueis que atuava em Mato Grosso do Sul pagava propina para os policiais corruptos com o intuito de manter suas atividades ilegais na região. Como os dois inquéritos passaram a ter alvos em comum, a PF decidiu uni-los na operação desta segunda-feira.
O nome da operação é uma alusão ao combate à exploração ilegal de jogos de azar no Brasil, ainda de acordo com a PF.
FO