Segundo a Polícia Federal de São Paulo, 16 presos são do Estado paulista e três do Mato Grosso do Sul. Entre eles estão três líderes do esquema: Joseph Nour Eddine Nasrallah, preso na cidade paulista de Valinhos e Paulo Talinet Dias e seu filho Tenilas, ambos presos no Mato Grosso do Sul. Outro líder da operação, Mohamed Ahmada Ayub, conhecido como Zacarias, foi preso ano passado.
Entre as prisões feitas em SP está a de Kleber Luís Pereira Quinhões, que há dez anos trabalhava como agente federal da delegacia marítima. A PF ainda onvestiga um agente da Polícia Civil.
As investigações da operação Kolibra (que significa conexão Líbano-Brasil, segundo a PF) começaram há cerca de dois anos, graças a informações da inteligência da polícia alemã que demonstravam a existência de libaneses radicados no Brasil trabalhando com o tráfico internacional de drogas.
A droga era comprada na Bolívia e no Paraguai e enviada aos Estados Unidos, África e alguns países da Europa, em especial Portugal, Espanha, Inglaterra, Alemanha e Suíça. O material era transportado em aviões particulares escondido em frutas ou através das chamadas mulas (pessoas contratadas para levarem drogas escondidas, muitas vezes até dentro do estômago). O comissário que fazia transporte também foi preso. Segundo a PF, o grupo trabalhava com diferentes núcleos e os aviões saíam da região norte do País.
A quadrilha composta por libaneses era uma conexão do tráfico no País, que agia em quase toda a Europa e nos Estados Unidos. Os presos durante a operação responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o narcotráfico, além de lavagem de dinheiro.
A estimativa é que o grupo criminoso tenha movimentado mais de 1 milhão de euros e US$ 800 mil. Destes, pelo menos 400 mil euros e US$ 600 mil foram apreendidos pela PF.
Os mandados foram expedidos para os Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e São Paulo. Cerca de 350 policiais participam da operação nos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Operação Aliança
A PF também realiza nesta terça uma operação para combater empresas de fachada, sediadas em Belo Horizonte, que atuavam com falsas ofertas de empréstimos. A Operação Aliança acontece em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro.
As empresas atuavam também com falsas ofertas de consórcios e financiamentos por meio de anúncios em classificados de jornais de grande circulação nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e interior de Minas Gerais.
Os anúncios chamavam a atenção dos interessados por conta das facilidades oferecidas. Serão cumpridos, no total, dez mandados de busca e apreensão e alguns de prisão. A PF não informou o número exato. Segundo o órgão, quase todos os envolvidos já responderam a inquérito policial por estelionato e formação de quadrilha.
Os suspeitos serão indiciados por estelionato, crime contra o sistema financeiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
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