quinta-feira, 07/11/2024
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PF mantém ameaça de greve para esta terça-feira

Em meio à investigação da máfia das obras públicas, a Polícia Federal mantém de pé a ameaça de cruzar os braços. A paralisação está marcada para esta terça-feira (22).

Tem duração prevista de três dias. Em reunião marcada para as 15 h desta segunda (21), no Ministério do Planejamento, o governo faz uma última tentativa de evitar a greve.

Vai à mesa, de novo, a proposta de reajuste salarial de 30%. Trata-se da segunda parcela de um aumento de 60% prometido pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. O governo pagou a primeira parcela. A segunda, de 30%, deveria ter sido paga em dezembro de 2006. Mas foi rebarbada pela área econômica do governo.

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) chegou a pôr em dúvida o compromisso que Thomaz Bastos assumira por escrito. Depois, o governo reconheceu o que, estando documentado, tornou-se inegável. Propôs pagar os 30% em três parcelas a perder de vista: a primeira em 2008, a segunda em 2009 e a terceira em 2010, último ano do segundo reinado. O sindicalismo da PF estrilou.

Há 15 dias, o Planejamento melhorou sua proposta. Reduziu as três parcelas para duas: 2008 e 2009. Os dirigentes sindicais da PF, de novo, rejeitaram a oferta. Informaram que aceitam o parcelamento, mas querem que a primeira parte seja paga imediatamente, retroativa a janeiro de 2007. A segunda ficaria para 2008. no encontro desta segunda, as partes tentarão desatar o nó.

Em nota veiculada no seu portal, a FENAPEF (Federação Nacional dos Policiais Federais) avisa que, a despeito da reunião, está mantida a paralisação de terça. A proposta que vier a ser apresentada pelo governo no encontro será submetida a assembléias estaduais da categoria. Diz o texto:

“Independentemente da reunião (…), os sindicatos devem manter o calendário de mobilização que prevê para terça-feira a paralisação da categoria. Pela manhã, os sindicatos em todo o Brasil devem convocar assembléias. Nos encontros, os policiais irão avaliar e deliberar sobre a proposta oferecida pelo governo federal para o pagamento da segunda parcela do reajuste salarial”.

A desavença salarial ocorre simultaneamente ao início dos depoimentos dos presos da Operação Navalha. A oitiva dos suspeitos começa na manhã desta segunda e deve arrastar-se por toda a semana. No seu comunicado, a FENAPEF não informa se o movimento previsto para terça resultará na interrupção das investigações da máfia das obras públicas.

FoL

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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