segunda-feira, 06/01/2025
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PF faz operação contra quadrilha que Fernandinho Beira-Mar controlava da prisão

Ao todo, serão cumpridos 35 mandados de prisão nos estados do Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Ceará e no Distrito Federal. Um dos filhos do criminoso e um braço-direito de Fernandinho Beira-Mar já foram presos pela manhã, na Paraíba e no Ceará.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, mesmo preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, o traficante de drogas diversificou os negócios e agora lucra com máquinas de caça-níquel, venda de botijões de gás, cesta básica, mototáxi, venda de cigarros e até com o abastecimento de água.

Dos 35 mandados de prisão, 22 são prisões preventivas e 13 temporárias. Além disso, são cumpridos 27 de condução coercitiva e 86 de busca e apreensão em todos os estados envolvidos.                  

Além do filho do criminoso, sua irmã, Alessandra da Costa, também é alvo da operação. Contra Alessandra há um mandado de prisão por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a polícia, do presídio, Beira-Mar conseguiu coordenar uma grande quadrilha, por meio de mensagens escritas por meio de papel. Ele está preso desde 2006 em uma penitenciária federal.                  

No total, o criminoso acumula penas que somam quase 320 anos de reclusão, por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.

Mais 30 anos em outubro

Em outubro do ano passado, Beira-Mar foi condenado pelo Conselho de Sentença do 2° Tribunal do Júri da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), no crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sem chances de defesa e com emprego de tortura) e por comandar a execução do estudante de informática Michel Anderson Nascimento dos Santos, de 21 anos. Beira-Mar recebeu a pena de 30 anos de prisão.

O estudante foi morto, em agosto de 1999, na Favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense após ser torturado, enquanto, da prisão, o traficante dava as ordens por meio de ligação telefônica.

Na sentença, o juiz afirmou que durante os atos de tortura, o traficante pedia a seus comparsas que chamassem o estudante ao telefone e com ironia falava com a vítima, o que demonstrou frieza e “aparente satisfação com o sofrimento alheio”.

As gravações da conversa de Fernandinho Beira-Mar, em que monitorava os integrantes de seu grupo, foram incluídas nos autos. O magistrado disse que, por isso, julgou procedente a punição decidida pelo conselho de sentença, formado por sete jurados populares.

 

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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