A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (21) a Operação Proteja Brasil contra a pedofilia e a divulgação de pornografia infantil em Goiás e em outros 13 estados. Desde as 6h, estão sendo cumpridos 40 mandados de busca e apreensão, a maioria deles em Goiânia.
De acordo com a PF, até o início da manhã, três pessoas foram presas em Goiás, Rio Grande do Sul e Paraná. A polícia explicou que, apesar de não haver mandados de prisão, detenções podem ocorrem ao longo da operação, como prevê o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina a prisão em flagrante de investigados que mantenham material armazenado de conteúdo pornográfico.
Os policiais investigavam os suspeitos há seis meses. Segundo a PF, a maioria das informações sobre os criminosos veio de Organizações Não Governamentais (ONGs) nacionais e internacionais, que monitoram este tipo de crime na internet. Os agentes interceptaram dados criptografados entre os suspeitos.
Os mandados de prisão também são cumpridos em Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
A operação desta quarta-feira integra uma série de ações do governo federal para coibir o turismo sexual e os crimes de pedofilia dura a Copa do Mundo de Futebol. A ação acontece na Semana Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infantil, que começou no dia 18 e segue até sexta-feira (23).
Há a expectativa de que o ministro da Justiça assine nesta quarta-feira uma portaria para deportar estrangeiros que venham para a Copa no Brasil interessados em turismo sexual, principalmente com menores. A PF já tem uma lista internacional de suspeitos.
Também nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff sancionará o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que torna crime hediondo o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Com a sanção, o cumprimento das penas passará a respeitar o que é previsto no caso da prática de crime hediondo, como o início da pena no regime fechado e com progressão para o semiaberto (que permite trabalho fora da prisão) somente após o cumprimento de, ao menos, 2/5 da pena (ou de 3/5, se for reincidente), e não 1/6, como nos demais crimes.
G1-MT