O delegado da Polícia Federal Diógenes Curado, responsável pelas investigações do dossiê contra candidatos do PSDB e do inquérito de Abel Pereira, viajou para o Rio de Janeiro e outros Estados para investigar as casas de câmbio de onde os dólares podem ter saído através de “laranjas”. O dinheiro arrecadado teria sido transportado em um avião Cessna, que pousou no dia 12 de setembro no Campo de Marte, em São Paulo.
A PF quer saber como o dinheiro chegou até o hotel Íbis em São Paulo, onde foi apreendido no dia 15 de setembro. Uma das possibilidades é que o ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante (PT), Hamilton Lacerda, pode ter utilizado um avião para transportar o dinheiro de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro com destino a São Paulo, onde entregaria os valores a Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha.
A PF também investiga membros de uma mesma família, entre cinco a nove, que poderiam ter “alugado” o CPF ou que tiveram os documentos utilizados sem autorização. A empresa de viagem Vicatur Cambio e Turismo pode ser uma das investigadas, pois existem indícios que parte dos U$ 248,00 mil destinados ao dossiê vieram de lá. As diligencias e interrogatórios emergenciais serão utilizados para descobrir quem seriam os sacadores dos dólares.
Mas a Policia Federal não descarta uma outra linha de investigação, na qual existem indícios que dinheiro sairia de São Paulo com destino à Cuiabá, e seria relacionado ao inquérito do empreiteiro de Piracicaba (SP), Abel Pereira. Já nesta linha de investigação, o dinheiro poderia ser utilizado para comprar o silêncio da família Vedoin ou vender um dossiê contra Mercadante.
Redação Terra