A décima fase da operação Ararath, para apurar o desvio de aproximadamente R$ 313 milhões em recursos públicos do Governo de Mato Grosso, foi deflagrada nesta sexta-feira (4) pela Polícia Federal de Mato Grosso. De acordo com a PF, o desvio ocorria através da utilização de sistema financeiro clandestino.
Não foi especificado em qual governo ocorreu a fraude e nem em qual época.É a terceira fase dessa operação realizada no período de duas semanas.
A primeira fase da operação começou novembro de 2013 para desarticular uma quadrilha envolvida em lavagem de dinheiro e crimes financeiros no estado através de factorings de fachadas e outras empresas.
Segundo a Polícia Federal, devem ser feitas 47 medidas de busca e apreensão e 18 conduções coercitivas, todos expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso nas seguintes cidades: Cuiabá(MT), Brasília (DF), Luziânia (GO), São Paulo (SP), Caraguatatuba (SP), Curitiba (PR) e Itapema (SC).
Também foi expedida ordem de sequestro de bens e valores no total de R$ 313.165.011,26, com a finalidade de reparar os prejuízos causados aos cofres públicos. De acordo com a Polícia Federal, também está sendo realizada a prisão preventiva de um investigado da Operação Ararath. O investigado, no período de 60 dias, violou 92 vezes os termos da utilização de monitoração eletrônica (tornozeleira).
As investigações da PF apuram a realização de pagamentos por parte do Governo de Mato Grosso em desacordo com as determinações legais para empreiteiras, além do posterior desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários através a utilização de instituição financeira clandestina.
A análise de documentos apreendidos em fases anteriores da operação apontaram a utilização de complexas medidas de 'engenharia financeira praticadas' pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Governo de Mato Grosso em 'nítida violação à ordem cronológica e determinações legais'.
Conforme a PF, os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.
G1-MT