Os preços do petróleo ultrapassaram os 62 dólares, seu maior preço em dois meses, após o anúncio de uma queda generalizada das reservas de petróleo nos Estados Unidos, primeiro consumidor mundial de energia.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de “light sweet” para entrega em janeiro subiu 1,47 dólar, para 62,46 dólares, mas chegou a 62,55 dólares durante a sessão, seu nível mais alto desde 2 de outubro.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro subiu mais ainda, 1,86 dólar, a 63,07 dólares o barril.
“Os preços foram sustentados pela chegada do frio no nordeste americano e pela surpreendente queda das reservas de petróleo e derivados”, destacou Adam Sieminski, analista do Deutsche Bank.
A queda das reservas “sugere que se a Opep continuar reduzindo sua produção, o mercado estará muito tenso neste inverno”, acrescentou.
Em seu relatório semanal publicado nesta quarta-feira, o Departamento americano de Energia (DoE) anunciou uma queda generalizada das reservas de petróleo e derivados na semana encerrada em 24 de novembro.
As reservas de cru diminuíram em 300.000 barris, para 340,8 milhões de barris (Mb), segundo o DoE. Esta queda está de acordo com o esperado pelos analistas (350.000 barris).
As reservas de produtos destilados (diesel e combustível para calefação), importantes agora pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte, perderam um milhão de barris, ficando em 132,8 milhões de barris, contra a previsão de alta de 500.000 barris anunciada pelos analistas.
As reservas de gasolina também baixaram, em 600.000 barris, para 201,1 milhões de barris, enquanto os analistas previam um aumento de 450.000 barris.