Mato Grosso deve possibilitar o início da exploração de petróleo e gás natural em 2010. O anúncio do governador Blairo Maggi se dá devido ao leilão que a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fará nos dias 18 e 19 de dezembro, no Rio de Janeiro. Serão leiloados seis blocos, com área total de 14.381 Km², na bacia Parecis, na área do rio Teles Pires.
“Estes leilões são uma prospecção para analisar a viabilidade da exploração. Serão feitos vários estudos pelas empresas vencedoras dos leilões e, se tudo der certo, isto representará um grande fortalecimento da economia mato-grossense”, destaca o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf.
Os estudos da ANP indicam a existência de um sistema petrolífero ativo na área do rio, também sendo cogitada a geração de hidrocarbonetos em rochas com mais de 600 milhões de idade. As cidades que devem ser o maior foco da atividade de exploração são Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Paranatinga, Rosário Oeste, Sorriso e Santa Rita do Trivelato.
Focando o desenvolvimento do Estado, Nadaf realça a participação dos empresários mato-grossenses nos leilões. “É importante que os empresários regionais se interessem neste leilão. É uma nova atividade comercial que trará grande aporte tecnológico e geração de emprego e renda. Com a vitória nos leilões de empresários já com atuação em Mato Grosso, a exploração amplia o volume de riqueza que permanece no Estado”.
O leilão dos dias 18 e 19 de dezembro será a 10ª Rodada de Licitações. Serão oferecidos 130 blocos no total, localizados em sete setores de bacias sedimentares. São três em bacias maduras, são elas: Sergipe-Alagoas, Recôncavo e Potiguar. As outras quatro bacias tratam-se de nova fronteiras: Amazonas, Paraná, Paresis e São Francisco. Somando, são cerca de 70 mil Km² em áreas para exploração de petróleo e gás, dos quais 67.387 Km² em 30 blocos de bacias de novas fronteiras e 2.983 Km² em 100 blocos de bacias maduras.
No Brasil, mais de 70 grupos econômicos, metade brasileiros e os demais de 19 países, atuam na exploração e produção de petróleo e gás natural. Os contratos com a ANP devem obedecer à soberania nacional e a participação governamental sobre a produção de hidrocarbonetos.
Nos últimos dez anos, o Produto Interno Brasileiro (PIB) o peso do setor petrolífero triplicou. As reservas de petróleo saltaram de 7,1 bilhões de barris em 1997 para 12,6 bilhões de barris em 2007. A estimativa é que em 2008 este número supere os 14 bilhões de barris.