O Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT) e o Instituto Militar de Engenharia (IME) depositaram, na última quinta-feira (28), pedidos de patentes internacionais para os dois processos inéditos que desenvolveram conjuntamente para obter bioquerosene de aviação. Diferentemente de outros estudos que utilizam o etanol, esses processos aproveitam resíduos como casca de frutas cítricas e biomassa de eucaliptos.
As patentes dos processos, que utilizam catálise química, têm seu depósito no âmbito do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT). Esse tipo de patente garante a proteção do invento na maioria dos países do mundo.
Os pedidos da patente internacional foram registrados em nome dos pesquisadores Marco Fraga, chefe da área de Catálise e Processos Químicos do INT; Luiz Eduardo Pizarro Borges, professor do IME; e Flávio dos Reis Gonçalves, engenheiro químico que realizou tese de doutorado sobre o tema, envolvendo as duas instituições.
Com os novos processos catalíticos protegidos, o grupo busca o apoio de empresas e setores da aviação para realizar de testes em campo. Todas as exigências de qualidade relacionadas ao combustível de aviação, que não pode falhar ou congelar na altitude elevada, foram cumpridas satisfatoriamente pelo novo bioquerosene nos testes em laboratório. Resta somente esta etapa de ajustes nos aviões e a transferência da tecnologia para o uso comercial do produto.
O querosene de aviação tem tido seu preço elevado no mercado internacional e é foco de substituição por biocombustíveis. Além disso, o novo processo verde de produção do bioquerosene, desenvolvido pelo INT e pelo IME, tem fonte renovável e sustentável e ainda reduz a geração de gases causadores de efeito estufa.
Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia