A soma das riquezas produzidas no país, também conhecida como Produto Interno Bruto (PIB), deve crescer 3,01% neste ano, e não mais 3,09% como indicava o boletim Focus da semana anterior. A redução de previsão do crescimento da economia é fruto de pesquisa que o Banco Central fez na última sexta-feira (6) com analistas de mercado e de instituições financeiras sobre a tendência dos principais indicadores da economia.
Embora a estimativa de crescimento da produção industrial tenha melhorado de 3,51% para 3,56% no ano, outros segmentos da economia, como a produção agrícola, não acompanham a tendência. Como resultado, a projeção de equivalência da dívida líquida do setor público aumenta de 50,35% para 50,40% em 2006, e mantém a expectativa de redução dessa relação para 49,10% no ano que vem.
As previsões estão no boletim Focus divulgado hoje (9) pelo BC, e mostram que os economistas da iniciativa privada estão otimistas quanto à redução da taxa básica de juros (Selic) na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará nos dias 17 e 18 da semana que vem. Eles calculam que a Selic cairá dos atuais 14,25% ao ano para 13,75%, com possibilidade de nova queda, para 13,50%, na última reunião do Copom, no final de novembro.
A pesquisa do BC manteve a perspectiva de US$ 43 bilhões para o saldo da balança comercial (exportações menos importações), o que permite projetar superávit (saldo positivo) de US$ 10,50 bilhões em conta corrente, depois de contabilizadas todas as transações comerciais e financeiras com o exterior. Os analistas projetam saldo comercial de US$ 36 bilhões em 2007, com saldo de conta corrente em torno de US$ 5 bilhões.
A pesquisa mostra que houve redução de R$ 2,20 para R$ 2,19 na estimativa de cotação do dólar norte-americano no final de 2006, e projeta cotação de R$ 2,30 no final de 2007. Também reduz a projeção de entrada de investimento estrangeiro direto no setor produtivo, com a projeção anterior, de US$ 15,72 bilhões, caindo para US$ 15,50 bilhões.
AB