"Um beijo é apenas um beijo", diz a tradução da clássica canção-tema de “Casablanca”, “As Time Goes By”. Mas um novo estudo contradiz a máxima. Segundo a pesquisa, beijar ajuda a avaliar parceiros potenciais e, uma vez engatada a relação, a mantê-los por perto.
O estudo incluiu mais de 900 adultos que responderam a um questionário online sobre a importância de beijar, tanto em relacionamentos curtos quanto nos mais duradouros. De maneira geral, as mulheres, mais do que os homens, consideraram o beijo como algo importante na relação.
Beijar também foi avaliado como mais importante por homens e mulheres que se veem como atraentes. E por quem tende a ter mais relações curtas e encontros casuais, segundo as conclusões publicadas na edição de outubro do jornal “Archives of Sexual Behavior and Human Nature”.
Estudos anteriores mostraram que mulheres tendem a ser mais seletivas quando escolhem um parceiro, assim como homens e mulheres mais atraentes ou que têm mais parceiros de sexo casual. Como estes são os mesmos grupos que tendem a valorizar mais o beijo nas respostas à pesquisa, isso sugere que beijar ajuda na avaliação de parceiros potenciais, segundo os pesquisadores da Universidade de Oxford.
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Os resultados do estudo sugerem que o beijo pode servir para uma avaliação subconsciente de potenciais parceiros pelo gosto ou cheiro, trazendo pistas biológicas de compatibilidade, genética e saúde geral.
Uma pesquisa anterior também descobriu que mulheres valorizam mais comportamentos que fortalecem relacionamentos duradouros. Já esta pesquisa descobriu que a importância que se dá para o beijo muda de acordo com a duração do relacionamento, e que as mulheres dão mais importância a ele em relações de longa duração — o que sugere que o beijo também tem um papel importante em manter o afeto e a ligação entre casais estabelecidos, disseram os pesquisadores.
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"Nos relacionamentos sexuais humanos, beijar tem uma prevalência incrível em vários aspectos, em praticamente todas as sociedades e culturas. O beijo é visto em nossos parentes primitivos mais próximos, chimpanzés e bonobos, mas é muito menos intenso e menos comumente usado", disse Rafael Wlodarski, autor do estudo, em um comunicado aos jornais.
"Este é um comportamento humano incrivelmente amplo e comum e, por extensão, bastante ímpar", Wlodarski disse. "E nós ainda não temos muita certeza das razões para isso". Estas descobertas mais recentes podem fornecer algumas respostas.
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