Isso ainda no primeiro semestre de 2021
O Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá) realizou novas pesquisas, desta vez, para entender o impacto financeiro e a expectativa do comércio em relação aos próximos meses.
Participaram da pesquisa proprietários de microempresas 40%, pequeno porte 32,7%, porte médio 19,3% e Grande porte 8%, sendo que 70,7% eram do segmento de comércio e 29,3% de serviços. Seus ramos de atividades eram: 16,7% vendas e serviços, 12,7% autopeças, 12,7% materiais de construção, 10,7% confecções, 10% comércio de alimentos, 4,7% transportes, 4% óticas, 3,3% farmacêuticos, dentre outros. O tempo médio de mercado dos entrevistados é de 22 anos, sendo com até 5 funcionário (39,3%), de 6 a 10 (17,3%) e de 10 acima (43,3%).
Para analisar como está o sentimento de medo referente aos impactos deste período com medidas restritivas nos negócios, foi realizado um comparativo entre abril de 2020 e o mesmo período de 2021, o percentual aumentou de 65% para 82,7%. “Esse medo tem sido gerado principalmente pela preocupação com fluxo de caixa (53,2%) seguido da retenção de colaboradores (23,9%) e dificuldade em adaptar produtos, reinventar formas de venda nesse novo mercado frente a pandemia (9,0%)”, afirmou o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja.
Além disso, analisando a partir do mês de março de 2021, principalmente devido às novas medidas restritivas, foi perguntado como está o nível de operação da empresa. Em relação a isso, um dado preocupante é que 8,7% estão trabalhando com um nível abaixo de 30%. “Esse percentual é considerado muito crítico para manter o negócio ativo, porém, a média geral ficou em 75,9%, o que possibilita grande chance de manter as portas abertas e preservar empregos”, comentou Granja.
Já quanto à redução de receita, 66,7% relataram que estão tendo queda, enquanto 17,3% assumiram que tiveram aumento. O percentual médio de queda está em aproximadamente -42,4% e para aqueles que tiveram aumento, o percentual médio de crescimento ficou em 27,6%.
Contudo, em relação a custos, 36,7% disseram que aumentou, 19,3% reduziram e outros 44% conseguiram manter estáveis. O percentual médio de aumento ficou em 28,7% e de redução em -30,7%.
Para entender melhor a preocupação quanto ao fluxo de caixa foi perguntado como foi o resultado neste período, 66% responderam que estão abaixo e apenas 4,7% que estão acima do normal. “Isso demostra que são poucas empresas e/ou ramos de atividades que conseguiram até então se sobressair com números positivos durante a pandemia. Diante de um cenário de aumento de inadimplência, 87,3% responderam que ainda estão conseguindo pagar os custos, já 12,7% não tem conseguido. Baseando no número de empresas do comércio e serviços ativas pela Junta Comercial, os 12,7% correspondem a 11.586 empresas”, afirmou o superintendente.
De acordo com a CDL Cuiabá ainda, comparando o período atual de abril com o mesmo do ano passado, 26% planejam realizar empréstimos junto a bancos/instituições financeiras contra 40,5% do ano passado. “O momento atual tem se apresentado ainda mais restrito para conseguir viabilizar recursos financeiros para empresas”, reforçou Granja, dizendo ainda que, “um dado importante foi que 100% dos entrevistados responderam que continuam rigorosos quanto à adaptação das medidas de biossegurança para atender os clientes e 58% mantém expectativa positiva de melhora nas vendas/economia ainda no primeiro semestre, tendo a chegada gradativa da vacina como uma das principais causas e a melhor adaptação dos negócios frente às exigências do mercado, porém, é importante dizer também que 20,7% informaram que não será possível manter os negócios em caso de mais medidas restritivas quanto a horários de atendimento, destacando que esse percentual aumenta para 36% em caso de quarentena obrigatória”.
