Os médicos peritos da Previdência Social decidiram realizar uma paralisação de advertência de dois dias, a partir de HOJE. A categoria exige melhores condições de trabalho, principalmente na área da segurança.
“Os peritos querem uma posição institucional mais clara do presidente do INSS”, disse o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), Eduardo Henrique Almeida.
A votação dos delegados da ANMPfoi dividida em cinco regionais. Na Região 1, que engloba apenas o estado de São Paulo, 57,1% dos delegados foram a favor da paralisação. Na Região 2, que engloba os demais estados do Sudeste, a paralisação foi aprovada por 68,4% dos votantes. Na Região 3, que abrange todo o Sul do país, os delegados foram contrários à paralisação, sendo que apenas 38,6% apoiaram o movimento, enquanto 61,4% não querem parar nos próximos dois dias. Na Região 4, que representa todo o Nordeste, 61,6% dos delegados foram a favor da paralisação e na Região 5, que engloba Norte e Centro-Oeste 55,6 % dos votantes também apoiaram o movimento.
Em assembléia realizada no Rio de Janeiro, no último dia 29 de agosto, os peritos decidiram por unanimidade fazer uma paralisação de advertência nesta semana e decretar greve por tempo indeterminado, a partir de 20 de setembro, caso as negociações com o governo não evoluíssem. Ao todo a Previdência conta com 4.800 médicos peritos em todo o país.
Os médicos peritos da previdência fazem em média 500 mil perícias por mês nos postos do INSS de todo o País.
Segundo o sindicato, os médicos são agredidos por segurados diariamente. Os peritos querem também a reestruturação da perícia médica da previdência, com a chefia do setor passando para as mãos de um médico e não mais sob a responsabilidade dos servidores administrativos como ocorre hoje. Os peritos querem ainda melhores condições de trabalho, já que só existem pouco mais de 1.300 consultórios de perícia para atender a um volume médio de 500 mil consultas mensais.
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