Foi preso no início da madrugada desta quarta-feira, no Distrito de Santíssimo, na zona oeste da capital fluminense, o pedreiro identificado apenas como Carlos Alberto, acusado de esfaquear parte da família no final da noite de ontem, na residência onde todos moravam, na Estrada do Lameirão, no bairro de Serra Alta, também região de Santíssimo.
Armado com uma faca, o pedreiro, ainda não se sabe o motivo, atacou a esposa, Alessandra Garcia Pereira, de 29 anos, o sogro, Antonio Garcia, de 52 anos, e as três filhas, Emlyn, de 9 anos, Raíssa, de 1 ano e 4 meses, e Elen, de 4 anos.
Vizinhos escutaram os gritos e foram até a casa, mas o assassino já havia fugido. Alessandra e Elen já estavam mortas. Antonio e as outras duas filhas do pedreiro foram levados para o pronto-socorro do Hospital Rocha Faria, mas Emlyn não resistiu aos ferimentos e morreu. O sogro e a filha mais nova do assassino seguem internados em estado grave.
Caçada
Usando um cão farejador, os moradores do bairro deram início a uma verdadeira caçada ao criminoso que, segundo testemunhas, teria fugido por um matagal.
Uma hora depois do crime, Carlos Alberto foi localizado pelo grupo no campo de futebol Beira-Rio, ainda em Santíssimo, onde foi vítima de uma tentativa de linchamento.
No momento em que policiais militares do Regimento de Polícia Montada (RPMont) faziam patrulhamento também atrás do assassino, encontraram Carlos Alberto, que estava nu, muito machucado e prestes a ser amarrado num poste e morto a pauladas e pedradas.
Encaminhado ao mesmo hospital para onde foram suas vítimas, o pedreiro foi medicado e liberado.
Relacionamento amigável
Segundo a vizinhança, o pedreiro sempre foi muito amigável com todos, trabalhador e não tinha o hábito de beber. O suposto assassino, que trabalhava numa empresa localizada no Catete, zona sul do Rio, foi encaminhado ao 35º Distrito Policial, do Campo Grande.
Ele poderá responder por homicídios triplamente qualificados e ser condenado a até 30 anos de prisão, pena máxima prevista pela legislação brasileira.
US