O PCC (Primeiro Comando da Capital) criou um sistema de tributação de crimes e chegou a cobrar até R$ 250 por mês de seus integrantes para sustentar suas atividades.
O esquema foi revelado pelo delegado Ricardo Hiroshi Ishida, da PF (Polícia Federal), responsável por investigações sobre crime organizado em Curitiba. Ishida acompanhou nesta manhã a operação Cravada, que visa desarticular a rede de financiamento da facção criminosa e prendeu 20 pessoas em sete estados.
“É como se houvesse um sistema de tributação do crime”, afirmou o delegado, descrevendo o financiamento do PCC. “Se pegarmos um salário mínimo de hoje [R$ 998], 25% desse valor iria para essas contribuições para a facção criminosa explicou.
A Polícia Federal prendeu 20 pessoas na manhã de hoje na Operação Cravada que tenta desarticular um núcleo financeiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). São cumpridos 30 mandados de prisão, sendo que 18 pessoas já foram presas nesta manhã. Oito já estavam detidas em presídios e quatro seguem foragidas. Além disso, outros dois suspeitos foram presos em flagrante durante a operação, mas não estavam na relação das pessoas com mandado. Esse núcleo, segundo as investigações, é responsável por recolher e gerenciar contribuições para o PCC em nível nacional, algo em torno de R$ 1 milhão por mês. Os pagamentos – também chamados de “rifas” – seriam repassados à organização por meio de contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas, segundo a PF, que dificultavam o rastreamento.
Fonte: Uol