Foi localizado no sábado (3), o Celta prata em que vieram à Cuiabá, Simone da Luz Feitosa, de 37 anos e a filha, Aline Feitosa Souza, de 16 anos. As duas desapareceram no dia 28 de setembro, mesmo dia que vieram de Poconé à capital. Um dia depois, os corpos delas foram encontrados esquartejados e carbonizados, em um terreno baldio do bairro Residencial Paiaguás, em Várzea Grande.
O veículo estava em uma casa, no bairro Pedra 90, na capital, e teria sido deixado pelo suposto autor dos crimes, Valto dos Reis Madinga, de 40 anos
O veículo estava em uma casa, no bairro Pedra 90, na capital, e teria sido deixado pelo suposto autor dos crimes, Valto dos Reis Madinga, de 40 anos, preso na sexta-feira (2), diante de um mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça. Em depoimento, o acusado, que se diz pastor evangélico, negou o duplo homicídio.
À Polícia, o proprietário da casa, que seria da mesma igreja que Valto, que se diz pastor evangélico, contou que na noite do dia 28, do mês passado, chegou com o carro. O acusado disse que o veículo era de um amigo policial e que teria que deixá-lo estacionado no local, por alguns dias. Com a repercussão da prisão de Valto, na imprensa, a testemunha resolveu denunciar o ‘pastor’.
Com a repercussão da prisão de Valto, na imprensa, a testemunha a quem ele pediu a casa para guardar o carro resolveu denunciar o ‘pastor’.
Outro indício que aponta Valto como autor dos crimes, foi o fato do carro dele ter sido reconhecido por uma testemunha que viu o suposto assassino ateando fogo aos corpos, esquartejados. “A testemunha viu o homem saindo de um carro da marca Pegout, fabricado em 1994, retirando um saco preto, provavelmente com os cadáveres, do porta-malas e colocando fogo junto aos pneus. O modelo do veículo é difícil de ser confundido”, lembrou o delegado.
PAI REVOLTADO
Com o crime, o pai de Aline, Ednaldo do Carmo, deixou a cidade de Jequié (BA) e veio para Cuiabá. Ele se revoltou ao ver Valto saindo da DHPP, no camburão da viatura, na sexta-feira (2). Em um vídeo feito pelo site Olhar Direito, o pai, com a voz embargada e completamente emocionado, chega a dizer que vai matar Valto que é levado ao presídio do Capão Grande, em VG.
RELACIONAMENTO DE VÍTIMA E ACUSADO
Em entrevista à imprensa, o delegado Geraldo Gerzoni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que Simone e Valto namoraram por dois meses, em 2014. No entanto, há informações que os dois vinham se encontrando há algumas semanas, mesmo a vítima estando em outro relacionamento amoroso.
“Diversas vezes, ela vinha de Poconé à Cuiabá. Recebemos informações que a motorista da van, que fazia o transporte, parou em frente à casa do acusado (no bairro Jardim Imperial, em VG), duas vezes, nas últimas semanas”, destacou o delegado.
A motorista da van disse que Simone dizia que iria buscar presentes. “Em duas oportunidades ela saiu da residência (de Valto) com aproximadamente R$ 400”, falou Gerzoni.
DESAPARECIMENTO
Na segunda-feira (28), Alcione, irmã de Simone, foi quem registrou o desaparecimento de mãe e filha. Ela contou que veio para Cuiabá no mesmo carro que as duas para pagarem contas.
No centro da cidade, Alcione desceu do veículo e combinou de encontrar com elas às 14 horas. No entanto, passado o horário marcado, as duas não apareceram. A irmã ligou no celular de Simone e da sobrinha, mas não teve êxito.
Com a descoberta dos cadáveres a mulher foi até a DHPP. Alcione reconheceu um colar que seria da sobrinha.
Os dois corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para serem submetidos ao exame de DNA.
Fonte:RepórterMT