No Dia Internacional da Mulher, Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade aponta o direito de escolha entre procedimento natural e cesárea, desde que informações sobre riscos estejam envolvidas. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) se manifesta e defende a valorização do parto normal e o respeito ao direito de as mulheres escolherem onde, como e com quem querem ter seus filhos, mediante um amplo acesso a informações sobre os riscos dos procedimentos envolvidos.
“Sabemos que o Brasil vive uma epidemia de partos cesárea, alcançando números alarmantes e que não são motivo de orgulho. As razões para essa distorção são variadas, mas certamente passam pela pouca capacidade que o atual modelo médico-hospitalar tem para lidar com a imprevisibilidade e com os valores dos pacientes, especialmente com os valores das mulheres”, explica Daniel Knupp, vice-presidente da entidade.
O especialista acredita que frequentemente a opção pela cesárea é motivada por argumentos sem fundamento científico, mitos que se criam para justificar a má prática. “Não é raro que se extrapolem os limites da ética na relação com as mulheres. Infelizmente, muitos desses mitos se propagam em nossa sociedade, levando algumas mulheres a uma opção equivocada pelo parto cesárea”, comenta Knupp.
Fonte:JB/onLine