O Parlamento do Irã aprovou nesta segunda-feira um projeto de lei que proíbe todas as formas de contracepção permanentes, como a vasectomia e a laqueadura. A medida atende a um pedido do aiatolá Ali Khamenei, feito em maio, para que população do país aumente. Segundo Khamenei, o crescimento da população vai "reforçar a identidade nacional" e conter os "efeitos indesejados do estilo de vida ocidental". A nova lei, que também veta a publicidade de qualquer método contraceptivo, como preservativos, passou com os votos de 143 dos 231 deputados presentes.
O projeto segue agora para o Conselho dos Guardiães, grupo de teólogos e juristas escolhidos por Khamenei que supervisona o conteúdo das leis e atesta se elas estão de acordo com os preceitos do Islã. Reformistas criticaram a lei, apontando que ela é parte de um esforço dos radicais islâmicos para restringir as mulheres ao papel de mães e esposas. Também existe o temor de que a lei possa levar ao aumento do número de abortos.
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(Com agência Reuters)