O procedimento é semelhante ao aplicado na região do viaduto Jornalista Clóvis Roberto de Queiroz
A Secretaria Municipal de Obras Públicas deve formalizar um convênio com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com o intuito de solucionar o problema de deficiência na vazão da água na Avenida Ten. Cel. Duarte (Prainha). A medida foi determinada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, com o intuito de solucionar um problema crônico de alagamento enfrentado a cada período chuvoso.
Neste momento, a Prefeitura de Cuiabá já tem em mãos uma proposta feita pela instituição federal para criação de um projeto emergencial para melhoria no sistema de drenagem da avenida, até o lançamento no Rio Cuiabá. A previsão é de que ao longo dessa semana as entidades se reúnam para dar andamento à tratativa, que será coordenada pelo vice-prefeito e secretário de Obras Públicas, José Roberto Stopa.
“Cuiabá é uma cidade tricentenária, que também carrega vários problemas antigos no seu desenvolvimento urbano. As estruturas que se encontram no subsolo foram construídas há décadas e não receberam nenhuma modernização. Ao longo do tempo, foram feiras muitas gambiarras, mas isso não resolve. Faremos um trabalho a curto, médio e longo prazo, que irá solucionar o problema definitivamente”, explica o prefeito Emanuel Pinheiro.
Conforme a proposta enviada pela UFMT, a elaboração do projeto envolve as etapas de levantamento topográfico, definição da bacia de contribuição e dimensionamento do sistema de macro e microdrenagem. A expectativa é de que esse processo dure aproximadamente seis meses e, a partir disso, o Município contará com um detalhado estudo técnico que ajudará a seguir o caminho correto para erradicar os casos de alagamento.
De acordo com o secretário de Obras Públicas, o procedimento é semelhante ao aplicado na região do viaduto Jornalista Clóvis Roberto de Queiroz, popularmente conhecido como viaduto da UFMT, entre os anos de 2017 e 2018. Na oportunidade, a equipe da universidade foi a responsável por fazer todo o mapeamento da área, identificar as causas e apontar as soluções para as frequentes inundações.
“Estamos em contato com a mesma equipe que fez o projeto do viaduto da UFMT, onde tínhamos grandes alagamentos e que hoje, graças a essa intervenção, não existem mais. É uma equipe totalmente preparada, com experiência e formação na área, que fará o levantamento de toda a bacia da Prainha e assim poderemos executar as intervenções cirúrgicas”, argumenta o secretário.
Stopa relata ainda que, periodicamente, a Pasta executa o trabalho de manutenção das bocas de lobo distribuídas em toda a extensão da via. Além disso, durante o período de chuva, o trabalho foi intensificado, por meio da parceria entre a Secretaria de Obras Públicas, a Defesa Civil de Cuiabá e Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), com atuações inclusive aos fins de semana e no turno na noite.
“Há 30 anos a Prainha inunda quando chove um pouco a mais. Então, já está provado que, neste caso, a limpeza ajuda, mas não é suficiente. O alagamento desse fim de semana, por exemplo, não teve ligação com sujeira, pois a devida manutenção já havia sido feita há poucos dias. O que ocorreu foi um excesso de chuva, que o sistema não foi capaz de dar a vazão necessária”, pontua o vice-prefeito.