Há quase duas semanas os cartolas do Corinthians estão hospedados em um dos hotéis mais luxuosos de Londres para negociar com a MSI. A primeira decisão foi a saída de Kia como representante dos investidores no clube. Sua posição teria ficado insustentável diante da crise provocada pelo comportamento de Tevez e seu relacionamento com Emerson Leão. Ontem, o iraniano voltou a dizer à imprensa britânica que havia saído do Parque São Jorge para viver em Londres.
O passo seguinte nas negociações foi o de reavaliar a estratégia da parceira e escolher um novo homem forte. O problema, segundo revelam assessores dos investidores, é que as contas da MSI no Corinthians estavam em uma situação crítica. O clube pede mais dinheiro para pagar dívidas e não há definição em muitos casos se um jogador pertence à MSI ou ao clube. O resultado foi um adiamento de qualquer decisão sobre quem seria enviado ao Brasil pela MSI para dirigir a parceria no lugar de Kia.
Agora, a idéia que deverá ser implementada nas próximas semanas é a de dividir o poder da MSI e impedir que uma só pessoa tenha os mesmos poderes que Kia tinha dentro do Parque São Jorge. Na estrutura anterior, Kia era o presidente do grupo e contava com um diretor.
Sem perder tempo, os cartolas corintianos já imaginam que um desses dois cargos ainda abertos possa ser ocupado por alguém ligado ao clube. Mas os investidores ainda não avaliaram essa possibilidade.
Com tanta confusão, o projeto do presidente do Corinthians, Alberto Dualib, de ir à Fifa explicar a parceria com a MSI ao presidente da entidade, Joseph Blatter, foi adiado indefinidamente. Blatter fez duras críticas contra a MSI, alertando que os investimentos não eram transparentes e que o grupo promovia uma “negociata” de jogadores.
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