Agora é a hora do time juntar todas as suas forças para vencer o Campeonato Brasileiro, título que não fica no Morumbi desde 1991. “Sabíamos que a perda da Recopa acarretaria problemas. A torcida já nos cobrou. Hoje virou obrigação vencer o Brasileiro”, definiu o meio-campista Souza.
Para complicar a vida do decadente São Paulo, o domingo reserva mais uma decisão. O time do técnico Muricy Ramalho enfrenta o vice-líder do Brasileiro, o Internacional, para se manter na ponta da classificação. O jogo é visto, por Souza, como uma final de campeonato.
”É uma partida que vale seis pontos. Temos que levantar a cabeça. É a hora de retomar o caminho das vitórias. Se não ganharmos esse Brasileiro, passarei um dos piores finais de ano desde que cheguei ao São Paulo”, previu o atleta, que, suspenso, está fora do confronto contra o Colorado.
Embora tenha ficado sem o título, Souza foi um dos destaques do Tricolor diante do Boca Juniors. Além de correr bastante, o jogador fez jogadas de grande habilidade e até deu o passe que resultou no gol de Júnior.
Na visão de Souza, o São Paulo melhorou, pelo menos, em relação ao jogo anterior contra o Corinthians. “Acho que foi nossa melhor partida depois da perda da Libertadores contra o Internacional. O problema é que sabíamos que não podíamos errar e vacilamos duas vezes”, lamentou o ala.
Como era esperado, o técnico Muricy Ramalho voltou a ser hostilizado pela torcida do São Paulo durante a perda do título da Recopa Sul-americana para o Boca Juniors. Mas, depois da partida, o experiente treinador não perdeu o tom sereno em nenhum momento e respondeu calmamente as perguntas propostas pelos jornalistas.
”Um time que está acostumado a vencer e passa a não ganhar, as críticas são normais. Até que jogamos bem contra o Boca, mas não vencemos. Aceito naturalmente, principalmente porque o futebol não muda”, disse.
O goleiro Rogério Ceni teve uma atitude inusitada em sua carreira. Ainda no calor da perda do título, ele perdeu a cabeça e, logo depois da premiação, jogou sua medalha de prata da Recopa para as arquibancadas.
O gesto do capitão tricolor reflete o atual momento da equipe: pela terceira vez na temporada 2006, o São Paulo amargou um vice-campeonato. Mais uma vez, a torcida fez críticas ao técnico Muricy Ramalho. Rogério Ceni fez questão de tirar a responsabilidade das costas do treinador
“Ele não pode fazer milagre, existem jogadores machucados. O Aloísio e Leandro tentaram atuar de todas as formas no sacrifício”, lembrou.
