quinta-feira, 21/11/2024
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Para analistas, alta de impostos é questão de tempo

O economista-chefe do Banco Safra e ex-secret&aacuterio do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, disse na quarta-feira que os n&uacutemeros apresentados pelo governo em rela&ccedil&atildeo ao Or&ccedilamento s&atildeo confi&aacuteveis, mas que o grande desafio &eacute buscar efetivamente as receitas extraordin&aacuterias para cumprir a meta fiscal de d&eacuteficit prim&aacuterio de R$ 139 bilh&otildees.

A equipe econ&ocircmica identificou um rombo de R$ 58,168 bilh&otildees no or&ccedilamento, com o aumento das estimativas de despesas e a queda das receitas previstas. Mas os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, disseram que esse n&atildeo ser&aacute o contingenciamento total, visto que ainda h&aacute a expectativa de entrada de at&eacute R$ 18 bilh&otildees em receitas extraordin&aacuterias que dependem de decis&atildeo judicial.

Apesar do ru&iacutedo gerado com o adiamento do an&uacutencio do contingenciamento, Kawall avaliou que o fundamental &eacute que o grau de transpar&ecircncia do governo &eacute grande. Segundo ele, a cautela &eacute necess&aacuteria para evitar que se divulguem expectativas que n&atildeo ir&atildeo se confirmar, como acontecia na gest&atildeo anterior. Ficamos mais seguros da exequibilidade dos n&uacutemeros.

Sobre o aumento de impostos, o economista avaliou que essa ser&aacute uma decis&atildeo de governo. Se o governo achar que o contingenciamento &eacute muito alto e que precisa de contribui&ccedil&atildeo da receita, pode aumentar tributos, afirmou. Temos de esperar at&eacute a pr&oacutexima semana.

Cide e CPMF
O economista-chefe da corretora Nova Futura, Pedro Paulo Silveira, avalia que as declara&ccedil&otildees do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a possibilidade de o governo recorrer a aumento de impostos para cobrir o buraco das contas p&uacuteblicas, n&atildeo deixam d&uacutevidas de que a carga tribut&aacuteria vai subir.

A d&uacutevida agora reside em qual imposto ser&aacute mexido, disse, Para ele, aumentos na Cide &ndash o imposto dos combust&iacuteveis &ndash e a recria&ccedil&atildeo da CPMF s&atildeo op&ccedil&otildees com boa chance de serem anunciadas. Agora &eacute quest&atildeo de tempo para o governo anunciar qual tributo vai subir.

Para Marco Antonio Caruso, economista do Banco Pine, o rombo anunciado de R$ 58,168 bilh&otildees mostra que a situa&ccedil&atildeo fiscal n&atildeo &eacute f&aacutecil. Cortar quase R$ 60 bilh&otildees de um or&ccedilamento j&aacute bastante apertado &eacute dif&iacutecil, comenta. Segundo ele, o governo ter&aacute de elevar impostos. N&atildeo tem para onde correr.

Mas, para o analista, as op&ccedil&otildees do governo para a eleva&ccedil&atildeo de impostos s&atildeo limitadas, tendo em vista que algumas medidas exigiriam um prazo longo para poder entrar em vigor. Segundo ele, a eleva&ccedil&atildeo da Cide e do PIS/Cofins, que pode ser feita no curto prazo, tem efeito baixo na arrecada&ccedil&atildeo.

(Com o Estado de S.Paulo)

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Parmenas Alt
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