Francisco, de 87 anos, é o primeiro chefe da Igreja Católica a participar do encontro das sete democracias mais ricas do mundo com um discurso sobre os desafios da IA
Depois de um primeiro dia na quinta-feira dominado pela guerra na Ucrânia, o G7 lançou nesta sexta duras críticas à China e pediu-lhe que deixasse de enviar componentes de armas para a Rússia e cumprisse as regras internacionais sobre comércio. A China tem sido um dos focos das discussões no G7, em meio a relações comerciais amargas entre Pequim e o Ocidente e a preocupações de que as suas vendas de equipamento a Moscou alimentem a guerra da Rússia na Ucrânia.
“Pedimos à China que pare de transferir (…) componentes de armas e equipamentos que alimentam o setor de defesa russo”, diz o esboço de declaração da cúpula, que deve ser aprovado oficialmente mais tarde. O G7 também condenou as “perigosas” incursões chinesas no disputado Mar da China Meridional, onde crescem os receios de uma escalada militar entre a China e os seus vizinhos.
As tensões comerciais com a China estão aumentando e esta semana a UE anunciou planos para impor novas tarifas aos veículos elétricos chineses. A China é acusada de subsidiar com dinheiro público produtos como painéis solares e veículos elétricos, que são vendidos muito mais baratos e são vistos como concorrência desleal em um setor em expansão. Pequim denuncia o que considera um “comportamento protecionista descarado” e não descarta apresentar uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Defesa dos países do sul
A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, que preside o G7 este ano, enfatizou nesta sexta-feira a ideia de que os países do sul devem participar nas decisões que afetam o mundo e multiplicou os convites a líderes fora do G7, como a Índia e a Turquia, além da Argentina e do Brasil. “Nunca aceitaremos a narrativa do Ocidente contra o resto”, disse ela.
Meloni mostrou uma sintonia muito boa com Milei. “Você fez uma viagem incrível para estar aqui”, disse a ele em castelhano ao recebê-lo de maneira efusiva. O presidente argentino tem prevista uma reunião com Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI aprovou na quinta-feira o desembolso imediato de cerca de 800 milhões de dólares (R$ 4,3 bilhões) à Argentina, uma boa notícia para seu governo, mas avisou que ainda deve “melhorar a qualidade do ajuste fiscal”.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP-JovemPan